Sábado – Pense por si

António Costa: "O que aconteceu em Irpin foi verdadeiramente criminoso"

21 de maio de 2022 às 10:29
As mais lidas

Irpin, situada a cinco quilómetros a noroeste de Kiev, que antes da guerra tinha 100 mil habitantes, foi palco de violentos combates entre o final de fevereiro e março.

O primeiro-ministro esteve este sábado em Irpin, onde os ucranianos travaram a progressão russa até Kiev, viu áreas residenciais destruídas e manifestou-se impressionado com relatos de atos criminosos do exército russo.

Irpin, situada a cinco quilómetros a noroeste de Kiev, que antes da guerra tinha 100 mil habitantes, foi palco de violentos combates entre o final de fevereiro e março.

Se os russos tomassem Irpin, de acordo com as Forças Armadas ucranianas, teriam caminho até Kiev, mas a resistência foi tenaz. Em 02 de abril, o Governo ucraniano anunciou que tinha recuperado o controlo da região com a retirada das forças russas.

Uma secretária do Conselho Municipal de Irpin disse a António Costa que, dos 100 mil habitantes, apenas 25 mil regressaram à cidade. Destes, cinco mil nunca a abandonaram, apesar da elevada destruição de infraestruturas.

Depois de escutar relatos sobre o que aconteceu na cidade durante a fase mais intensa de guerra, António Costa afirmou: "Estou impressionado com a brutalidade do que aconteceu com as populações civis".

"Sabemos que a guerra é sempre dramática, mas a guerra tem regras. Aqui, já não estamos a falar de uma guerra normal, mas de atos verdadeiramente criminosos", declarou António Costa.

A intervenção russa em Irpin, prosseguiu, "visou a pura destruição da vida das pessoas".

"É fundamental que as investigações prossigam e que todos os crimes de guerra sejam devidamente apurados e punidos. A guerra também tem de obedecer à lei. O que aconteceu aqui foi inadmissível", frisou.

António Costa esteve em Irpin cerca de uma hora e regressou a Kiev para se reunir com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A fragilidade do que é essencial: proteger a justiça

A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.

Jolly Jumper

Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.