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Acordo possibilita acompanhar por satélite todos os voos civis

Alcançado em Genebra na Conferência Mundial de Radiocomunicações, dia 11, o acordo poderá prevenir novos desaparecimentos misteriosos de aviões, como foi o caso do voo MH370 em Março de 2014

A comunidade internacional alcançou quarta-feira, dia 11, um acordo que torna possível o acompanhamento via satélite de todos os voos comerciais, medida que poderá prevenir novos desaparecimentos misteriosos de aviões, como foi o caso do voo MH370 em Março de 2014.

Segundo divulgaram as Nações Unidas, o acordo foi alcançado em Genebra na Conferência mundial de Radiocomunicações – evento que contou com representantes de mais de 160 países –, e consiste na atribuição de frequências radioeléctricas para monitorizar os voos da aviação civil à escala mundial.

A localização global dos aviões, em qualquer lugar do mundo, só estará operacional em 2017. Actualmente, 70% da superfície terrestre (oceanos, desertos, montanhas) não permite este tipo de acompanhamento.

Os aviões também têm de estar devidamente equipados para o sistema ser operacional.

"O facto de atribuir frequências para que as estações espaciais possam receber sinais ADS-B [Automatic Dependent Surveillance-Broadcast, informações relativas à origem/destino, rota, velocidade, altitude, etc] provenientes dos aviões vai permitir seguir os voos em tempo real em qualquer parte do mundo", disse François Rancy, diretor da área das radiocomunicações da União Internacional das Telecomunicações (UIT), o organismo especializado das Nações Unidas para a área das tecnologias de informação e comunicações.

A execução da medida ficará, no entanto, a cargo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), outra agência da ONU com sede em Montreal que vai trabalhar em cooperação com as companhias aéreas internacionais.

Este acordo surge após o desaparecimento misterioso do voo MH370 da companhia Malaysian Airlines a 8 de Março de 2014.

O Boeing 777 fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas a bordo quando desapareceu dos radares sem deixar qualquer rasto.

Este caso "estimulou a discussão mundial sobre o acompanhamento global dos voos e a necessidade de uma acção coordenada", disse hoje a UIT.

Em Julho passado, um fragmento de asa foi descoberto ao largo da Ilha de Reunião, um território ultramarino francês no Oceano Índico.

O fragmento da asa, com dois metros de comprimento, foi posteriormente levado para França para ser submetido a análises de especialistas em aviação.

Em Setembro, a justiça francesa confirmou que o fragmento de asa pertencia ao voo MH370 da Malaysia Airlines.

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