Princípio de "Uma só China" considera que Taiwan faz parte do território do país. Presidente eleito dos EUA aceita-o em troca de comércio
A China está "seriamente preocupada" com a sugestão feita pelo Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que poderá contestar a políticaUma só China, se Pequim não fizer concessões no comércio e em outras áreas.
O reconhecimento daquele princípio, visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território, "afecta a soberania da China", lembrou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang.
Caso seja "comprometido ou rompido, o crescimento saudável e sólido das relações entre a China e EUA, assim como a cooperação bilateral em questões importantes, estará fora de questão", afirmou.
O porta-voz lembrou que o reconhecimento do princípioUma só Chinaé uma "base" nas relações entre Pequim e Washington.
A reacção surge após Trump ter dito no domingo que não entende porque têm os Estados Unidos de estar "amarrados à políticaUma só China". "A menos que façamos um acordo com a China sobre outras coisas, incluindo no comércio", sustentou.
O próximo Presidente dos EUA defendeu ainda a sua decisão de aceitar a chamada telefónica da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, quebrando a tradição diplomática norte-americana, seguida desde 1979, de considerar Taiwan parte da China.
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