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Arábia Saudita não vai extraditar suspeitos de matar Khashoggi

09 de dezembro de 2018 às 19:21
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Riade recusa extraditar para a Turquia pessoas suspeitas de estarem envolvidas no assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em Istambul.

Segundo a agência estatal turca Anadolu, a justiça turca emitiu mandados de detenção contra Ahmed al-Assiri et Saud al-Qahtani a pedido do procurador-geral de Istambul, que suspeita que os dois homens "fizeram parte dos planeadores" do assassínio.

Após ter afirmado inicialmente que o jornalista crítico do regime saudita tinha abandonado o consulado vivo, Riade reconheceu, sob pressão internacional, que Khashoggi tinha sido assassinado no interior da representação diplomática.

O mês passado, o procurador-geral saudita anunciou que 11 suspeitos detidos no âmbito do inquérito sobre o assassínio tinham sido acusados e pediu a pena de morte para cinco deles. A identidade dos suspeitos não foi divulgada.

A justiça saudita declarou-se pronta a cooperar com os investigadores turcos que também realizam uma investigação, mas desde o início do caso parece existir desconfiança de parte a parte.

"Em nossa opinião, as autoridades turcas não têm sido tão cooperativas como deviam ser", afirmou Jubeir.

"Acho interessante que um país que não nos dá informações (...) emita mandados de detenção" e queira que os suspeitos sejam extraditados, adiantou.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exigiu já por diversas vezes a extradição dos suspeitos detidos por Riade, mas a Arábia Saudita tem insistido que todo o processo deve decorrer no país.

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