Sábado – Pense por si

Rovisco Duarte afirma que tudo foi feito para garantir segurança dos paióis do Exército

29 de setembro de 2018 às 15:37
As mais lidas

O Chefe do Estado-Maior do Exército Rovisco Duarte não referiu furto de material militar de paiolins do perímetro militar de Tancos.

O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) disse hoje, em Tomar, que o investimento que se tem realizado "dá a tranquilidade de tudo" ter sido "feito no âmbito da segurança dos materiais, dos paióis e paiolins".

FredericoRovisco Duartepresidiu hoje às comemorações do Dia da Brigada de Reacção Rápida, que se realizaram no estádio municipal de Tomar, no distrito de Santarém, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, Marco António Costa.

Sem qualquer referência ao furto de material militar de paiolins do perímetro militar deTancos, no Verão de 2017, e à operação que levou à detenção, esta semana, de elementos da Polícia Judiciária Militar, incluindo do seu comandante, e da GNR, Rovisco Duarte salientou "o enorme investimento que tem sido realizado nas medidas para a consolidação da segurança militar" em "praticamente todas as unidades" do Exército.

"[Esse investimento] dá-nos a tranquilidade de tudo termos feito no âmbito da segurança dos materiais, dos paióis e paiolins", declarou.

Elencando as medidas em curso no Exército, nomeadamente em matéria de reequipamento, o CEME apontou a Higiene e Segurança no Trabalho como uma área onde "ainda há aspectos a melhorar", apesar do trabalho desenvolvido, "prevenindo acidentes", e reiterou o "cuidado e atenção" que estas matérias merecem aos diferentes níveis de comando.

Marco António Costa, que foi "portador" do voto de congratulação aprovado sexta-feira na Assembleia da República, em reconhecimento do papel das Forças Armadas Portuguesas, fez questão de salientar o respeito e consideração para com os militares portugueses que encontrou junto dos mais altos representantes da República Centro-Africana (RCA) quando visitou a 3.ª Força Nacional Destacada naquele país no âmbito da missão das Nações Unidas.

Para o deputado social-democrata, é "um dever da classe política" estar ao lado das instituições do Estado, "particularmente nos momentos que se possam adivinhar mais difíceis".

"Num tempo em que a instituição militar, por episódios bastante circunscritos, tem sido muitas das vezes notícia -- naturalmente, porque tudo o que acontece com importância na segurança nacional tem que ser atendido, verificado, investigado e, acima de tudo, tomadas medidas para que, no futuro, não se volte a repetir -, é bom que se saiba esta dimensão de respeito e de serviço internacional que a nossa instituição militar presta", afirmou, acrescentando ainda o papel desempenhado internamente em defesa das populações.

A cerimónia de hoje foi marcada pela recepção ao estandarte nacional da 3.ª Força Nacional Destacada, regressada recentemente da RCA, tendo o CEME destacado a "participação brilhante" das unidades de comandos e de paraquedistas num cenário de "elevadas exigências no âmbito da sustentação logística, risco e intensa atividade operacional", o que "evidencia bem a qualidade da preparação dos militares da Brigada.

"Temos provas dadas e, por isso, podemos afirmar que o soldado português possui características que nos distinguem e nos permitem cumprir as mais difíceis e exigentes missões", afirmou Rovisco Pais, sublinhando "a credibilidade do sistema de formação e aprontamento do Exército".

No desfile militar que decorreu no estádio municipal de Tomar, participaram ainda a força do regimento de Comandos que se encontra em preparação para se juntar à missão na RCA e a 2.ª Branch School Advisory Team que seguirá para o Afeganistão, seguindo-se uma demonstração terrestre e aerotransportada e uma visita à exposição de materiais e equipamento.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.