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Mais de 1.300 mortos no sismo que abalou a Turquia e a Síria

SÁBADO/Lusa 06 de fevereiro de 2023 às 07:25

O abalo ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros. Um terceiro abalo atingiu a região cerca de 12 horas depois do primeiro.

Um sismo de magnitude 7,8 na escala aberta de Richter, que atingiu esta madrugada o sul da Turquia, fez mais de 1.000 mortos no país e na Síria, segundo fontes oficiais.

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Segundo o presidente turco, Recep Erdogan, o número de mortos subiu para 912, com 5.383 pessoas feridas. A Turquia regista, para já, o colapso de 2.818 edifícios. Erdogan disse aos jornalistas que não é possível prever o número total de mortos, uma vez que ainda continuam os esforços de resgate.

Já na Síria, o ministro da Saúde apontou para 326 pessoas mortas e mais de 1.042 estarão feridas. As províncias mais afetadas são Hama, Aleppo e Latakia, onde muitos edifícios ruíram. Porém, no nordeste ocupado pelos rebeldes, há o registo de 147 mortos. Esta tragédia soma-se aos 11 anos de guerra civil que assola a Síria.

O abalo ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade.

Perto das 14h locais (11h em Portugal continental) um terceiro abalo atingiu a região turco de Kahramanmaras, com uma intensidade de 7,6.

"Fomos abanados como se estivessemos num berço. Estávamos nove em casa. Dois dos meus filhos ainda estão no meio dos escombros. Estou à espera deles", referiu uma mulher, com o braço partido e a cara ferida, sentada na ambulânica junto a um edifício de sete andares que colapsou em Diyarbakir, na Turquia.

Já outro residente da cidade de Gaziantep garantiu, à Reuters, nunca ter sentido nada assim nos 40 anos em que aí vive. "Fomos abanados pelo menos três vezes de forma muito violenta", sublinhou.


Os sismos foram sentidos em várias cidades, avançou o canal de televisão turco TRT Haber. Os abalos foram sentidos também no Líbano e no Chipre, segundo correspondentes da agência France–Presse.

A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Em novembro, um sismo de magnitude 5,9 atingiu a província turca de Düzce, 200 quilómetros a leste de Istambul, deixando pelo menos 68 pessoas feridas.

O abalo aconteceu na mesma província onde um terramoto de magnitude 7,4 matou cerca de 17 mil pessoas em agosto de 1999, incluindo mil em Istambul.

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