Secções
Entrar

Sindicato marca greve de enfermeiros na Área Metropolitana de Lisboa durante a JMJ

Lusa 17 de julho de 2023 às 17:00

A paralisação dos enfermeiros da Sindepor vai abranger os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) marcou hoje uma greve de quatro dias na Área Metropolitana de Lisboa durante a semana da Jornada Mundial da Juventude, evento que decorrerá na capital entre 1 e 6 de agosto.

"O Sindepor viu-se obrigado a avançar para a greve perante o imobilismo do Ministério da Saúde. Chegou um novo ministro, criou-se uma direção executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde], todos os dias há declarações públicas destes responsáveis, mas a verdade é que o SNS continua a degradar-se, como infelizmente sentem os profissionais e os portugueses em geral", adianta, citado em comunicado, o presidente do sindicato, Carlos Ramalho.

A paralisação dos enfermeiros vai abranger os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e decorrerá entre as 00:00 do dia 01 e as 24:00 do dia 4 de agosto, período em que Lisboa estará a acolher a edição deste ano da Jornada Mundial da Juventude (encontro de milhares de jovens com o Papa Francisco), com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo.

"Uma das provas mais flagrantes da degradação do SNS está no número de portugueses sem médico e enfermeiro de família. Já vamos em 1,7 milhões e o número não para de aumentar. É evidente para todos que o país precisa de mais profissionais para colmatar estas carências", salienta Carlos Ramalho.

O dirigente alerta também para o despedimento de enfermeiros, dizendo que o "Ministério das Finanças manda mais no país do que o Ministério da Saúde".

"Apenas recorremos à greve em situações limite", justifica, considerando que os enfermeiros chegaram a essa situação de exaustão por sobrecarga de trabalho, idade avançada e por "injustiças que têm de suportar no dia-a-dia", explicou.

A força sindical pretende a integração imediata nos quadros das instituições dos enfermeiros com vínculos precários, o cumprimento das dotações seguras através da contratação de enfermeiros, cumprindo-se a autonomia para contratar e a abertura de concursos para as várias categorias desta profissão.

Exigindo a criação de um modelo de Avaliação do Desempenho justo, transparente e exequível, o sindicato pede também a imediata abertura de negociações com a tutela para a concretização de uma nova carreira de enfermagem que, entre outros aspetos, compense o risco e desgaste rápido e penosidade inerente à profissão.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela