Portugal saúda cessar-fogo em Gaza e espera solução política duradoura
"O cessar-fogo permitirá aliviar o sofrimento das populações envolvidas", lê-se numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.
O Governo português saudou e manifestou hoje o seu apoio ao acordo entre o Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação de reféns, sublinhando que permitirá "avançar rumo a uma solução política duradoura".
"O Governo português saúda e apoia o acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns e pausa nas hostilidades na Faixa de Gaza. O cessar-fogo permitirá aliviar o sofrimento das populações envolvidas e avançar rumo a uma solução política duradoura", pode ler-se, numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.
O primeiro-ministro do Qatar confirmou hoje um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflito, avançando que a trégua deverá entrar em vigor no domingo.
O anúncio de Mohammed bin Abdulrahman Al Thani ocorreu em Doha, capital do Qatar, país mediador e que tem acolhido as negociações minuciosas indiretas que decorrem há várias semanas.
O líder do Qatar referiu que o acordo alcançado abre o caminho para dezenas de reféns israelitas regressarem a casa, confirmando a libertação de 33 reféns israelitas durante a primeira fase da trégua na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas desde 7 de outubro de 2023.
O governante especificou que a primeira fase da trégua tem uma duração prevista de 42 dias.
"O Hamas vai libertar 33 prisioneiros israelitas, incluindo mulheres civis (...), crianças, idosos, civis doentes e feridos, em troca de vários prisioneiros detidos nas prisões israelitas. Os pormenores das fases dois e três da trégua serão finalizados quando a primeira fase for concretizada", acrescentou numa conferência de imprensa.
Nas mesmas declarações, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani anunciou que o Qatar, o Egito e os Estados Unidos - países que passaram o último ano a tentar mediar o fim da guerra na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns - vão controlar a aplicação do acordo de tréguas através de um mecanismo de vigilância estabelecido no Cairo.
Momentos depois das declarações do líder do Qatar, o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, descreveu o acordo como o resultado de "mais de um ano de esforços implacáveis de mediação egípcios, qataris e americanos".
O Hamas defendeu, também em comunicado, que o acordo de cessar-fogo em Gaza foi o resultado da "tenacidade" do povo palestiniano e da "valente resistência" do movimento.
"O acordo de cessar-fogo é o produto da lendária tenacidade do nosso povo palestiniano e da nossa valente resistência na Faixa de Gaza durante mais de 15 meses", afirmou o movimento.
O acordo, adiantou, abriu "o caminho para a concretização de as aspirações do povo pela libertação".
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Edições do Dia
Boas leituras!