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Pedro Sánchez assume "toda a responsabilidade" pelas derrotas

26 de setembro de 2016 às 21:29

Porém, Sánchez destacou as "realidades muito diferentes" existentes na Galiza e no País Basco, onde o "panorama político está mais fragmentado" que em outras regiões

O secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, assumiu "toda a responsabilidade" pelos resultados nas eleições galegas e bascas, apesar de existirem "muitas causas".  As causas "são muitas, não são nem um, nem duas" e não se pode fazer "uma leitura uniforme" dos resultados nas duas comunidades, acrescentou.

"Sou responsável, enquanto secretário-geral, de parte das derrotas eleitorais, como das vitórias nos territórios onde ocorreram", afirmou em conferência de imprensa.

Sánchez destacou as "realidades muito diferentes" existentes na Galiza e no País Basco, onde o "panorama político está mais fragmentado" que em outras regiões.

Sobre as eleições galegas, o líder do PSOE lembrou que o Partido Socialista da Galiza (PSdeG) "enfrentou uma organização política nova como o En Marea" e que o candidato do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, "o fez muito bem na sua campanha eleitoral".

Esta foi a análise que apresentou à Comissão Permanente Executiva Federal, ao longo de um debate de mais de quatro horas, disse.

O líder socialista, que já indicou que a Comissão Federal deverá também analisar os resultados no sábado, confirmou ter felicitado pessoalmente, na noite passada, Feijóo e o presidente da Comunidade Autónoma do País Basco ('lehendakari'), Iñigo Urkullu, pela vitória alcançada nas eleições regionais.

Pedro Sánchez acrescentou que a Comissão concordou "por unanimidade agradecer sinceramente o trabalho realizado pelos militantes no País Basco e na Galiza", e também o trabalho dos candidatos socialistas "em circunstâncias tão complexas como a que vive actualmente a política espanhola".

A Galiza é a única Comunidade Autónoma espanhola governada por um partido com maioria absoluta e sem precisar de se coligar a outro, tendo o PP mantido 41 deputados num total de 75 no parlamento regional.

A formação En Marea (coligação que agrupa, entre outros, os partidos de esquerda Podemos e Esquerda Unida) conseguiu ultrapassar o PSOE em número de votantes, tendo, no entanto, as duas forças políticas ficado com 16 representantes na assembleia regional.

O Bloco Nacionalista Galego baixou de nove para seis deputados regionais.

No País Basco, o Partido Nacionalista Basco (PNV) venceu, com maioria relativa, as eleições para o parlamento regional, mantendo-se à frente do governo regional, depois de aumentar de 27 para 29 deputados a representação no parlamento regional, também com 75 assentos.

Os independentistas do EH Bildu (Euskal Herria Bildu - coligação de vários partidos regionais de esquerda) ficaram em segundo lugar com 17 deputados, menos cinco do que nas eleições regionais anteriores, em 2012.

Na terceira posição ficou o Podemos que, com 11 lugares, entrou no parlamento regional pela primeira vez, depois de ter sido o partido mais votado na região nas eleições nacionais de 26 junho último.

O PSOE foi a força política mais penalizada nesta Comunidade Autónoma, tendo baixado de 16 para nove o número de representantes no parlamento regional.

O PP também obteve nove deputados, menos um do que nas eleições anteriores.

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