Secções
Entrar

Maioria quer registo de interesses dos fiscais do SIRP igual ao dos deputados

20 de maio de 2015 às 10:55

A coligação PSD/CDS apresenta um projecto de lei com o objectivo de esclarecer o registo de interesses dos membros do conselho de fiscalização dos SIRP

A maioria PSD/CDS-PP vai apresentar um projecto de lei que clarifica a "natureza pública do registo de interesses" dos membros do conselho de fiscalização dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), disse à Lusa a deputada Teresa Leal Coelho.

"O projecto de lei faz a clarificação do diploma, sendo os mesmos termos daqueles fixados para o registo de interesses dos deputados, a mesma formulação", afirmou à Lusa Teresa Leal Coelho, acrescentando que a iniciativa legislativa deverá dar entrada entre terça e quarta-feira de manhã.

Em Outubro, o PS defendeu, através do deputado Pedro Delgado Alves, que a divulgação pública do registo de interesses dos membros do conselho de fiscalização dos Serviços de Informação da República Portuguesa só deveria acontecer caso estivesse expressamente determinada na lei.

A posição do PS foi transmitida na reunião da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, durante a discussão sobre uma carta da presidente da Assembleia da República remetida à comissão, onde Assunção Esteves questiona a divulgação pública do registo de interesses dos membros do Conselho de Fiscalização das "secretas".

O número 2 do artigo 8.º-A da Lei Quadro do Sistema de Informações da República Portuguesa determina que "o registo de interesses é actualizado junto da Assembleia da República sempre que surja alteração superveniente das situações a que se referem os números anteriores".

Contudo, nada refere sobre a publicidade do registo, ao contrário do que acontece no Estatuto dos Deputados, onde se estabelece que "o registo de interesses é público e deve ser disponibilizado para consulta no portal da Assembleia da República na Internet, ou a quem o solicitar".

Entre os elementos que devem constar obrigatoriamente do registo de interesses dos membros do Conselho de Fiscalização do SIRP está a "filiação, participação ou desempenho de quaisquer funções em quaisquer entidades de natureza associativa". Os membros do Conselho de Fiscalização do SIRP são assim obrigados a revelar se pertencem a organizações como a maçonaria ou a Opus Dei.

Na altura, os restantes partidos - PSD, CDS-PP, BE e PCP - foram unânimes na interpretação de que o registo de interesses dos membros do Conselho de Fiscalização do SIRP deve ser público.

Nessa ocasião, Teresa Leal Coelho manifestou-se de imediato disponível para discutir a introdução de uma norma na actual lei que determine expressamente a publicidade do registo de interesses.

Actualmente, integram o Conselho de Fiscalização do SIRP os deputados Paulo Mota Pinto e João Soares e o magistrado do Ministério Público José António Branco.

As declarações de interesses dos membros do Conselho de Fiscalização do SIRP estão neste momento à guarda da presidente da Assembleia da República.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela