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Intervalo da segunda toma da vacina da Astrazeneca reduzido para 8 semanas

17 de junho de 2021 às 11:05

O esquema vacinal da VAXZEVRIA, também conhecida como a da Astrazeneca, é de duas doses com intervalo de oito a 12 semanas, "sendo atualmente recomendado o intervalo de oito semanas de forma a garantir a mais rápida proteção".

O intervalo da toma da segunda dose da vacina da Astrazeneca foi reduzido de 12 para oito semanas para garantir "mais rápida proteção" perante a transmissão de novas "variantes de preocupação" do vírus SARS-CoV-2, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A recomendação consta da norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) "Campanha de Vacinação contra a COVID-19 Vacina VAXZEVRIA" divulgada esta quinta-feira e que atualiza o esquema vacinal desta vacina contra a covid-19.

Segundo a DGS, o esquema vacinal da VAXZEVRIA, também conhecida como a da Astrazeneca, é de duas doses com intervalo de oito a 12 semanas, "sendo atualmente recomendado o intervalo de oito semanas de forma a garantir a mais rápida proteção" conferida pela vacinação completa "perante a transmissão de novas variantes de preocupação (VoC) de SARS-CoV-2", como a variante Delta, associada à Índia.

Na terça-feira, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, disse que estão a surgir provas que demonstram que a variante Delta do coronavirus SARS-CoV-2 "diminui a força do escudo protetor" criado pelas vacinas, instando à aceleração da vacinação completa da população.

"Têm surgido provas de que as variantes -- nomeadamente a variante Delta -- diminuem a força do escudo protetor fornecido pelas vacinas, especialmente quando a vacinação ainda não é completa. É, portanto, crucial que o maior número possível de cidadãos seja vacinado contra a covid-19, e que seja totalmente vacinado o mais rapidamente possível", disse Stella Kyriakides.

Na norma hoje publicada, a DGS recomenda que, nas pessoas com 60 ou mais anos, a segunda dose da vacina AstraZeneca deverá ser administrada com um intervalo de oito semanas após a primeira dose.

Já nos menores de 60 anos, deverá ser administrada uma dose de vacina de mRNA - que utiliza a tecnologia RNA mensageiro, como as da Pfizer/BioNTech e Moderna - com um intervalo de oito semanas após a primeira dose de VAXZEVRIA.

"Se foi administrada a primeira dose a uma pessoa que tenha estado infetada por SARS-CoV2, não deve ser administrada a segunda dose, segundo a Norma 002/2021" da DGS.

A Direção-Geral da Saúde recomenda ainda que se houver atraso em relação à data marcada para a segunda dose, ou, por qualquer intercorrência, esta não puder ser administrada, deve ser inoculada "logo que possível".

"Todas as oportunidades de vacinação devem ser aproveitadas para completar o esquema vacinal, respeitando as recomendações desta norma", refere, adiantando que as pessoas que adiaram a segunda dose do esquema de VAXZEVRIA, aguardando por nova recomendação da DGS, devem completar a vacinação, logo que possível, com uma dose de vacina de mRNA.

Dada a possibilidade de "uma maior reatogenicidade", com um esquema vacinal constituído por duas vacinas diferentes, a DGS diz que poderá ser administrado paracetamol, após a segunda dose.

"As pessoas com menos de 60 anos de idade, que assim o desejem, numa base de ponderação de risco-benefício individualizada, podem completar o esquema vacinal com uma segunda dose de VAXZEVRIA, desde que se obtenha o seu consentimento livre e esclarecido", salienta.

Sobre as mulheres grávidas, a DGS afirma que a experiência com a utilização da vacina VAXZEVRIA "é limitada".

"Estudos em animais não indicaram efeitos negativos no feto ou na grávida. Se os benefícios esperados ultrapassarem os potenciais riscos para a mulher, a vacina poderá ser considerada, por prescrição do médico assistente", lê-se na norma publicada no 'site' da DGS, salientando que "não é necessário evitar a gravidez após a vacinação".

Diz ainda que se desconhece se a vacina VAXZEVRIA é excretada no leite humano. No entanto, afirma, "por ser uma vacina de um vetor viral geneticamente modificado sem capacidade replicativa, não é expectável a existência de efeitos adversos na criança amamentada, à semelhança das vacinas inativadas".

Segundo a DGS, "as mulheres a amamentar pertencentes a grupos de risco podem ser vacinadas", não se recomendando parar a amamentação antes ou depois da vacinação.

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