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Governo diz não haver fuga de dados após ciberataque à AMA

Lusa 15 de outubro de 2024 às 20:34

Agência para a Modernização Administrativa foi alvo de um ciberataque no dia 10 de outubro e os serviços ainda não foram restabelecidos.

O Ministério da Juventude e Modernização informou hoje que "até ao momento não existe evidência de exfiltração" de dados no ciberataque que a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) foi alvo.

REUTERS / Kacper Pempel

"Prevê-se que o portal gov.pt esteja totalmente recuperado até às 23:59 de dia 17/10", adianta o ministério, numa nota enviada às redações.

A resolução deste incidente "decorre a bom ritmo e até ao momento não existe evidência de exfiltração de dados pessoais, estando o restabelecimento dos serviços a ser progressivamente atualizado em: https://indisponibilidade.ama.gov.pt".

A equipa envolvida na sua resolução "continua a trabalhar de forma exaustiva, para garantir a reposição de todos os serviços, com as condições de segurança adequadas", refere o ministério, salientando que a "AMA está a seguir, de forma rigorosa, todos os procedimentos necessários para garantir a reposição dos sistemas de forma segura".

Em 10 de outubro, as infraestruturas da AMA foram alvo de um ciberataque, tendo a entidade informado "que se encontrava com uma disrupção na sua rede em virtude de um ataque informático ('ransomware') e, por isso, esteve, preventivamente, indisponível o acesso a diversas plataformas e serviços digitais".

Face a isto, a "AMA ativou, imediatamente, os protocolos de segurança para resposta a este tipo de ataques junto de autoridades nacionais competentes em matéria de cibercrime e cibersegurança, a Polícia Judiciária e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), respetivamente".  

No dia seguinte, "em estreita colaboração com as autoridades nacionais competentes em matéria de cibercrime e cibersegurança", a AMA "procedeu ao restabelecimento progressivo e seguro do atendimento nas Lojas de Cidadão, bem como o acesso a outras plataformas e serviços digitais".  

Nessa mesma data, em 11 de outubro, a AMA "participou o incidente à Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), cumprindo o prazo legal de notificação até 72 horas após a ocorrência, com o envio de um relatório, o qual relata a existência de uma violação nos seus sistemas e o desconhecimento de acesso ou exfiltração de dados pessoais".

Desde esse dia "foi implementado um conjunto de medidas preventivas e corretivas, que garantem a segurança adequada no restabelecimento dos serviços afetados, que continuam a ser reforçadas com base nos resultados do processo de análise forense em curso".

Na segunda-feira, 14 de outubro, "após a reavaliação de risco por parte do CNCS, as entidades parceiras da AMA foram informadas de que as medidas implementadas garantem a segurança adequada no restabelecimento dos serviços afetados", lê-se no comunicado.

"Agradecemos a compreensão e colaboração de todos os cidadãos e entidades parcerias para minimizar os constrangimentos causados durante este período na recuperação e normalização de serviços", termina o ministério.

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