Secções
Entrar

Governo da Madeira: Portugal vive "dos piores momentos de sempre"

14 de dezembro de 2018 às 20:30

"Portugal está a atravessar, neste momento, um dos piores momentos de sempre", declarou Pedro Calado no encerramento da discussão das propostas de Orçamento e Plano da Madeira para 2019.

O vice-presidente do Governo da Madeira declarou hoje que Portugal "atravessa" actualmente "um dos piores momentos de sempre", ao contrário da região que várias entidades atestam apresentar um crescimento económico e um superavit.

"Portugal está a atravessar, neste momento, um dos piores momentos de sempre", declarou Pedro Calado discursando no encerramento da discussão das propostas de Orçamento e Plano da Madeira para 2019.

Estas propostas foram aprovadas com os votos favoráveis do PSD, a abstenção do CDS-PP e o voto contra dos restantes partidos da oposição madeirenses (PS, JPP, BE, PCP, PTP e deputado independente).

O governante madeirense salientou que, "ao contrário do esforço que a Madeira fez para aliviar a carga fiscal sobre os contribuintes, o Governo da República, com o consentimento dos bloquistas e comunistas, agravaram os impostos sobre os portugueses".

O responsável enfatizou que o Governo prometeu "mundos e fundos", mas, apesar dos bons resultados da economia nacional, "não foi capaz de endireitar as contas públicas, nem aliviar os custos da energia".

"Este 'Estado modelo' aumenta os impostos sobre os portugueses e fomenta a subsidiodependência, com consequências para a economia e para as finanças públicas", disse.

Também considerou que o país tem "um Orçamento do Estado que diz que dá, mas não dá de facto", contrapondo que no arquipélago se regista uma "redução da carga fiscal" que vai continuar a "ser sentida no próximo ano, quer por via da descida dos impostos sobre as empresas e as famílias, quer pelo conjunto de medidas sociais" apresentadas.

"O Governo Regional vai continuar a reservar uma importante fatia para o investimento, sem, no entanto, contrair dívida", vincou.

Pedro Calado destacou que o Tribunal de Contas anunciou esta semana que, "pelo quinto ano consecutivo, a região apresenta um saldo positivo" e "um superavit de 79,6 milhões de euros", destacando ainda que a Madeira "conseguiu reduzir a dívida em 2,3% de crescimento económico" pela segunda vez seguida.

O governante ainda apontou que o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que a Madeira "está a crescer há 63 meses consecutivos, com um indicador superior à média nacional".

O governante insular enfatizou que o orçamento da Madeira "não fecha um ciclo económico de apenas um ano, mas projeta a região para os anos subsequentes, antecipando numa nova fase de desenvolvimento económico e justiça social" da região.

Ainda criticou a postura de alguns partidos da oposição regional que adotam uma atitude na Madeira e, em Lisboa, até votam contra os interesses da região na Assembleia da República, alertando: "Não contem connosco para este tipo de manobras matreiras que visam iludir o povo".

Pedro Calado prometeu que a Madeira "não se vai calar e vai denunciar sempre estas situações" e acusou a oposição de querer "que a região ficasse parada no tempo" e de "ser mandada como uma marionete, a partir de Lisboa".

Para o governante, estes partidos "já vêm tarde", visto que o Governo Regional do PSD "tem vindo a concretizar, ao longo de todos estes anos" políticas para melhorar as condições de vida dos madeirenses.

O vice-presidente insistiu que este Orçamento Regional é, "sem dúvida, um dos melhores de sempre", complementando que é de "sustentabilidade, de apoio social, com menos impostos para as famílias e empresas".

"Nunca tivemos um desagravamento fiscal tão acentuado como vamos ter no próximo ano", assegurou o governante, indicando que o executivo do arquipélago também "não descurou o investimento público" que vai abranger "todas as áreas".

Para Pedro Calado, "este é um orçamento amigo das pessoas, das empresas e das causas sociais", realçou, considerando ainda que o Governo Regional vai continuar a apostar na diminuição das taxas de desemprego.

"Sério na previsão de receitas, na distribuição de investimento, com especial incidência nas áreas da Educação e Saúde", enfatizou o governante insular.

Pedro Calado concluiu que o partido e o executivo madeirense não vão "alimentar mensagens de política barata, baixa, sensacionalista e sem ética", reforçando que "o populismo, o artificialismo e a política do subsídio fácil sem qualquer retorno terão sempre o voto contra".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela