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Football Leaks: Carvalho acusado, Coentrão investigado

07 de dezembro de 2016 às 14:00

A investigação tem por base informação enviada pela administração fiscal espanhola, que não remeteu ainda nenhuma informação sobre Cristiano Ronaldo

A justiça espanhola acusou o antigo jogador do Real Madrid Ricardo Carvalho por delitos fiscais, estando também a investigar o internacional português e actual jogador do clube madrileno Fábio Coentrão, revelou a agência espanhola EFE esta quarta-feira. De acordo com a mesma fonte, a justiça espanhola acusou também os antigos jogadores dos "merengues" Xabi Alonso e Ángel Di María, estando a investigar o antigo avançado do Atlético de Madrid Radamel Falcão.

Fontes ligadas à investigação citadas pela EFE adiantaram também que a investigação tem por base informação enviada pela administração fiscal espanhola, que não remeteu ainda nenhuma informação sobre Cristiano Ronaldo.

A 3 de Dezembro, os membros do European Investigative Collaborations (EIC), que incluem o Expresso, noticiaram que Cristiano Ronaldo evadiu, supostamente, milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens. A informação, que também envolve outros jogadores, entre os quais Pepe, foi colhida a partir de 1.900 gigabytes de documentos a que o referido consórcio europeu teve acesso e sobre os quais trabalharam 60 jornalistas durante mais de sete meses.

O avançado português terá, alegadamente, segundo o El Mundo, utilizado empresas fictícias sediadas nas Ilhas Virgens para ocultar receitas de publicidade de 150 milhões de euros e, segundo o Der Spiegel, alguns colaboradores próximos de Ronaldo revelaram-se preocupados com a possibilidade de detalhes da sociedade caribenha chegarem ao conhecimento das autoridades.

Entretanto, a Gestifute, do agente Jorge Mendes, que representa os interesses de Cristiano Ronaldo e José Mourinho, já tinha feito saber, na quinta-feira, numa declaração pública, que ambos estão em dia com as suas obrigações fiscais, tanto em Espanha como no Reino Unido. Na mesma declaração, enviada àLusa, a Gestifute sublinhava que Cristiano Ronaldo e José Mourinho nunca estiveram envolvidos em qualquer processo judicial relativo à prática de qualquer delito fiscal e ameaçava que qualquer insinuação ou acusação dessa natureza em relação a ambos será denunciada e perseguida nos tribunais.

Na terça-eira, o secretário do sindicato dos técnicos do Fisco espanhol, José María Mollinedo, confessou que os dados relativos a Ronaldo apontam para uma "fraude superior a 160 milhões de euros". "A confirmar-se, estaríamos perante um crime fiscal agravado, o que implica pena de prisão mínima de dois anos por cada ano de infracção. Se a investigação está aberta há três anos, a pena será de seis anos", disse à RAC1.

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