Secções
Entrar

Federação de Ciclismo quer aguardar serenamente desenrolar do processo

24 de abril de 2022 às 14:19

"Cabe-nos aguardar serenamente o desenrolar do processo, confiando na independência das entidades que lideram as averiguações", refere a FPC em comunicado.

A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) assegurou este domingo que vai aguardar "serenamente" o desenrolar da investigação à W52-FC Porto, mas lembrou que condena qualquer prática que adultere a verdade desportiva.

"Não é o momento para comentar este caso concreto, na medida em que não existem informações detalhadas sobre o que estará em causa. Cabe-nos aguardar serenamente o desenrolar do processo, confiando na independência das entidades que lideram as averiguações", refere a FPC em comunicado.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje várias dezenas de buscas numa operação destinada à deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas suscetíveis em provas de ciclismo, tendo detido duas pessoas e apreendido "diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo".

"Queremos, no entanto, reafirmar o total compromisso da Federação Portuguesa de Ciclismo com um desporto moderno, científico, aberto ao mundo e à tecnologia, que condena frontalmente toda e qualquer atividade tendente a adulterar a verdade desportiva", assegura a FPC.

O organismo que tutela o ciclismo nacional diz que acredita na autorregulação como "passo fundamental para aproximar o ciclismo português das melhores práticas já existentes a nível internacional".

"Foi por isso que, por iniciativa da Federação Portuguesa de Ciclismo, foi assinado pela Federação, Podium, Associação Portuguesa de Ciclistas Profissionais e as dez equipas continentais portuguesas o Convénio para a Proteção e Valorização do Ciclismo Profissional em Portugal. Trata-se de um documento que funciona como manual prático de autorregulação de todo o ecossistema do ciclismo profissional português, estabelecendo normas de exclusão para os prevaricadores, aceites por todos", lê-se.

A FPC refere que tem de haver "um profundo respeito pelos adeptos", que apenas existirá em pleno se todos estiverem "comprometidos com a verdade desportiva".

No comunicado sobre a operação 'Prova Limpa', a PJ informa que "foram efetuadas duas detenções e realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas regiões do território nacional, visando dirigentes, atletas e instalações de uma das equipas em competição".

A PJ não indica qual foi a equipa visada nestas buscas, embora tudo indique que possa ser a W52-FC Porto, que não partiu para a terceira etapa do Grande Prémio O Jogo, sem que fossem conhecidas as razões.

De acordo com oCorreio da Manhã, os detidos são o diretor da W52-FC Porto, Nuno Ribeiro, e diretor desportivo da União Ciclista da Maia, José Ribeiro.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela