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EUA vão viver "longa crise constitucional" se Clinton vencer, diz Trump

31 de outubro de 2016 às 20:40

Falando a apoiantes num comício em Grand Rapids, o candidato republicano advertiu para a "crise constitucional" se Hillary Clinton for eleita, no contexto das investigações do chamado "caso dos emails"

O candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas, Donald Trump, disse esta segunda-feira que os EUA enfrentarão uma longa "crise constitucional" se a candidata democrata, Hillary Clinton, for eleita, podendo haver "um julgamento criminal para um presidente em exercício".

 

Falando a apoiantes num comício em Grand Rapids, no estado de Michigan, o candidato republicano advertiu para a "crise constitucional" se Hillary Clinton for eleita, no contexto das investigações que incidem sobre o uso de um endereço de email privado para tratar de assuntos de Estado quando Clinton era governante. 

 

"Hillary deverá estar sob investigação por muito tempo", disse Trump, argumentado que a sua oponente é "desqualificada e impreparada para ser Presidente dos Estados Unidos".

 

Trump considerou que "a sua eleição iria mergulhar o país e o governo numa crise constitucional a que não nos podemos dar ao luxo" e acrescentou que os norte-americanos veriam "um julgamento criminal para uma Presidente em exercício".

 

Os ataques dos republicanos ao "caso dos emails" subiu de tom desde a semana passada, quando o director do FBI anunciou que a sua equipa iria estudar milhares de mensagens de correio electrónico descobertas recentemente num portátil usado por uma antiga colaboradora próxima, Huma Abedin, e o seu marido, actualmente em processo de separação, Anthony Weiner.

 

"Eu discordei profundamente dele, não era seu fã", disse Trump, referindo-se ao director do FBI, que foi alvo de violentas críticas do candidato quando, em Julho, recomendou o arquivamento da investigação ao uso de um email privado para assuntos de Estado.

 

"O que ele fez [com o mais recente anúncio] recuperou a sua reputação", considerou Trump.

 

Já esta segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca tinha reagido ao caso, afirmando que o Presidente, Barack Obama, considera que o director do FBI James Comey não está "intencionalmente" a tentar influenciar os resultados das eleições presidenciais ao divulgar a investigação à candidata do Partido Democrata.

 

A opinião do Presidente norte-americano sobre a "integridade" e "carácter" do responsável máximo da polícia federal norte-americana "não se alterou", disse hoje o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

 

O FBI tem analisado o eventual uso inapropriado de informação classificada por parte de Hillary Clinton quando era secretária de Estado. O caso foi encerrado, mas agora terão surgido novas informações, segundo o FBI.

 

Hillary Clinton utilizou, quando dirigia a diplomacia dos EUA, entre 2009 e 2013, um endereço de correio electrónico privado - hdr22@clintonemail.com -, através de um servidor privado instalado no seu domicílio em Chappaqua, no Estado de Nova Iorque, em vez de ter usado uma conta governamental, expondo potencialmente informações confidenciais à pirataria.

 

A candidata democrata à Presidência apresentou as suas desculpas neste assunto, mas continua a sustentar que não fez nada de ilegal.

 

O chefe do FBI, James Comey, é um jurista republicano, ex-procurador federal e antigo vice-ministro da Justiça.

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