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Ativistas climáticos bloquearam Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra

Lusa 20 de novembro de 2023 às 11:33

Cinco estudantes, utilizando tubos e cola, bloquearam a entrada principal. Reivindicam o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030.

Estudantes do núcleo de Coimbra Fim ao Fóssil bloquearam hoje de manhã as entradas do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, reivindicando o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030.

Ricardo Almeida/CM

Cinco estudantes, utilizando tubos e cola, bloquearam a entrada principal do Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra (UC) e barricaram a entrada das portas traseiras do mesmo edifício, escolhido propositadamente por ter sido nele que, em 1969, durante o Estado Novo, o na altura presidente da Associação Académica de Coimbra pediu a palavra, disse à agência Lusa Dani Martins, um dos porta-vozes do movimento.

Nas portas da entrada principal também se podiam ler inscrições deixadas pelo protesto: "Fim ao fóssil 2030" e "A Estação Nova Fica!".

Os cinco estudantes que bloqueavam a entrada daquele edifício do polo I da Universidade acabaram por ser retirados da entrada principal pela PSP, por volta das 10:00, com o apoio de bombeiros e INEM.

De acordo com fonte do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Comando Distrital da PSP, cinco pessoas foram identificadas.

Três dos manifestantes foram levados para a esquadra para identificação e apreensão de material e dois para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, para tratamento de lesões provocadas pelo próprio protesto, nomeadamente por causa da cola, explicou.

Segundo Dani Martins, o protesto começou por volta das 08:00, numa ação que tinha como focos essenciais exigir o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível a todos até 2025.

O protesto também tinha pretensões locais, nomeadamente a defesa da manutenção da Estação Nova de Coimbra, que vai fechar no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, e o fim da parceria da UC com o Banco Santander, que continua "a investir ativamente em combustíveis fósseis", aclarou.

"Decidimos fazer o protesto no Departamento de Matemática pelo seu simbolismo, porque ainda não estão reunidas as condições para os estudantes terem uma voz na Universidade de Coimbra", vincou.

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