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PCP denuncia campanha "anticomunista" e diz que é e sempre foi contra a guerra

06 de março de 2022 às 18:34

"O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz", afirmou Jerónimo de Sousa no seu discurso.

O secretário-geral do PCP demarcou o partido de Vladimir Putin, apelando à paz na Ucrânia, durante o comício comemorativo do 101.º aniversário do PCP, no Campo Pequeno, em Lisboa. Jerónimo de Sousa afirmou que se tem verificado em Portugal uma "nova campanha anticomunista".

Jerónimo de Sousa condenou a "intervenção militar da Rússia na Ucrânia", ao mesmo tempo que se mostrou contra a "intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia". Durante o discurso, o secretário-geral do PCP afirmou que a prioridade deve ser terminar o conflito na Ucrânia: "Uma guerra que urge parar e que nunca deveria ter começado" e que no entender de Jerónimo serviu "a administração norte-americana e o seu complexo militar-industrial para desviar atenção dos problemas internos".

"O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o Governo russo e o seu Presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos", afirmou.

Em seguida, o secretário-geral do PCP acusou os Estados Unidos da América de há muito tempo levarem a cabo uma "estratégia de escalada armamentista e de dominação imperialista" e de terem promovido um "golpe de Estado" na Ucrânia em 2014, "que instaurou um poder xenófobo e belicista".

Aplaudido por milhares de pessoas que enchiam o recinto, mais de sete mil segundo a organização, Jerónimo de Sousa declarou: "Não caricaturem a posição do PCP que, sem equívocos, e ao contrário de outros, condena todo um caminho de ingerência, violência e confrontação: o golpe de Estado de 2014 promovido pelos EUA na Ucrânia, que instaurou um poder xenófobo e belicista, a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia e a intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia".

"O PCP apela ao povo português para a mobilização e a ação pela paz, e não para a escalada da guerra, e apela à solidariedade e ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas ou neonazis", acrescentou.

No final desta parte do seu discurso, o secretário-geral do PCP defendeu "o reforço da luta contra o fascismo e a guerra, contra a escalada de confrontação, as agressões e as ingerências do imperialismo, contra o alargamento da NATO e pela sua dissolução, contra a militarização da União Europeia, pelo fim das sanções e dos bloqueios, pela paz e o desarmamento no mundo, pelo fim das armas nucleares, pelo respeito dos direitos da soberania dos povos".

Com Lusa

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