Vinte mulheres alegaram ter sido vítimas de agressão sexual e violência física por parte do bilionário enquanto eram funcionárias da Harrods.
Cinco antigas funcionárias dos armazéns Harrods afirmam que foram violadas por Mohamed Al-Fayed, enquanto este ainda era o proprietário dos luxuosos armazéns.
Action Images / Steven Paston / REUTERS
As acusações foram feitas no documentário da BBC Al Fayed: Predator at Harrods (Al Fayed: Predador na Harrods) durante o qual vinte mulheres alegaram ter sido vítimas de agressão sexual e violência física por parte do bilionário.
Os incidentes ocorreram em propriedades em Londres, Paris, St. Tropez e Abu Dhabi e cinco das mulheres descreveram violações. A versão completa do documentário vai ser transmitida esta quinta-feira e é possível ouvir mulheres a afirmarem que as relações não foram consentidas: "Deixei claro que não queria que isto acontecesse. Não dei consentimento". Outra acusa o empresário de ser "um monstro, um predador sexual sem qualquer bússola moral".
De acordo com a emissora britânica todos os relatos revelam um padrão de comportamento predatório por parte do empresário britânico. Al-Fayed é acusado de visitar regularmente os vários andares da loja para identificar jovens assistentes que achava atraentes, estas jovens eram depois promovidas para trabalharem nos escritórios, onde ficavam mais próximas de si.
Mohamed Al-Fayed morreu no ano passado aos 94 anos. Ficou conhecido por ser um empresário egípcio proeminente no Reino Unido por ser proprietário dos armazéns Harrods.
A sua carreira começou nas ruas de Alexandria, no Egito, onde vendia refrigerantes, mas foi o casamento com a irmã de um traficante de armas saudita que o ajudou a criar um império empresarial. Mudou-se para o Reino Unido em 1947, quando já era uma personalidade bastante conhecida, e assumiu a liderança da Harrods em 1985. Dodi, o filho do empresário, ficou conhecido pela sua relação com a princesa Diana e acabou por morrer juntamente com ela, num acidente de carro em 1997.
Anteriormente Al-Fayed já tinha sido acusado de ter agredido sexualmente várias mulheres, mas a investigação policial de 2015 não originou qualquer acusação.
No documentário é também referido que existem evidências que, durante a gestão de Al-Fayed, os armazéns Harrods não só não fizeram nada para travar os abusos como ainda encobriram as alegações. Os atuais proprietários dos armazéns afirmaram estar "absolutamente chocados" com as revelações e num comunicado referiram: "Como empresa, falhámos com os nossos empregados que foram as suas vítimas, e por isso pedimos sinceras desculpas".
O advogado Bruce Drummond, da equipa jurídica que representa algumas das alegadas vítimas, partilhou com a BBC que "a teia de corrupção e abuso na empresa era inacreditável e muito obscura".
Em 2023, a Harrods começou a resolver os litígios com as mulheres que apresentaram queixas por abuso sexual contra Al-Fayed entre o final da década de 1980 e de 2000. Em 2010, os armazéns foram vendidos ao departamento de investimento do fundo soberano do Qatar por cerca de 1,3 mil milhões de libras (1,5 mil milhões de euros).
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