As imagens correram mundo no final de Agosto de 1997: a princesa Diana e o namorado, o playboy Dodi al-Fayed, a celebrarem o seu amor numas férias idílicas na Sardenha (Itália). Um ano depois de ter assinado o divórcio do príncipe Carlos, e apenas com 36 anos de idade, Lady Di parecia recuperar a alegria e tudo tinha começado no iate do herdeiro dos Armazéns Harrods, em Julho desse mesmo ano, enquanto passeavam por Saint Tropez.
Os paparazzi descobriram o casal e começou então a corrida às fotos mais procuradas da altura: demonstrações de amor entre ambos. Os últimos dias da vida de Diana foram passados nos braços do filho do milionário Mohamed Al-Fayed, num ambiente de luxo, cumplicidade e amor, a fugir dos cliques que sempre tentou combater. E que muitos consideram serem responsáveis pelo trágico desfecho no túnel da Ponte de l'Alma, na capital francesa, ao início da madrugada de 31 de Agosto de 1997.
28 e 29 de Agosto
O iate Jonikal, de Dodi Al-Fayed, cruzava as águas da Sardenha, enquanto o playboy e a princesa Diana apanhavam banhos de sol e brindavam com champanhe ao primeiro aniversário do divórcio da "princesa do povo" – foi a 28 de Agosto de 1996 que Diana e Carlos se separaram legalmente, colocando ponto final num casamento que destruiu emocionalmente a mãe do futuro rei de Inglaterra. Sem os filhos, William e Harry, a princesa procurava divertir-se e desfrutar da sua nova relação. Segundo o El País, desconhecia que noutro iate da família egípcia passeava Kelly Fisher, a modelo que estava noiva de Dodi. Um dos jantares – um churrasco – foi preparado pelo chef do Jonikal e teve como cenário uma pequena praia da Sardenha. Segundo o mordomo de Dodi, René Delorme, foi um dos momentos mais românticos das férias do casal.
30 de Agosto
Diana não queria ir a Paris, asseguram as crónicas da altura. A princesa desejava ir directamente da Sardenha para Londres e preparar o regresso de férias dos filhos. Mas Dodi não desistiu de passear pela capital parisiense com a sua amada. Partem da Sardenha por volta do meio-dia, a bordo de um avião verde e dourado, as cores características dos Armazéns Harrods, na companhia dos guarda-costas de Dodi Kes Wingfield e Trever Rees-Jones.
Quando aterram no aeroporto de Le Bourget, 16 quilómetros a norte de Paris, são recebidos por uma legião de paparazzi, ávidos de mais fotos do casal. Cerca de três semanas antes, a 10 de Agosto, Dodi e Diana tinham sido capa do Sunday Mirror: "The Kiss" (O Beijo), titulava o jornal.
O Ritz não é o primeiro destino do casal, que ainda faz a viagem até à Villa Windsor, onde viveram exilados o rei Eduardo VIII e a sua esposa norte-americana, Wallis Simpson, e foi adquirida pelo pai do playboy egípcio. Diana não se sentiu bem no palacete e regressam ao centro de Paris para se alojarem no Ritz- o hotel é propriedade da família e Dodi e a princesa já lá tinham pernoitado em Julho.
São recebidos por Claude Rolet, assistente do presidente do Ritz, que pergunta à princesa se lhe deve chamar Lady Di, como faziam a maioria dos franceses. Segundo o seu próprio relato, Diana colocou-lhe a mão no braço e pediu que lhe chamasse "simplesmente Di".
A ideia era jantar no Chez Benôit às 21h30, hora da reserva. Até lá, Diana recebeu o cabeleireiro na sua suite e Dodi encontrou-se com o joelheiro Alberto Repossi, com quem fecha a compra de um anel de ouro e diamantes. Depois do acidente, Mohamed Al-Fayed garantiu que se tratava de um anel de noivado.
O casal deixa o Ritz cerca das 19h00 para passar umas horas no apartamento de Dodi que ficava a 350 metros do Arco do Triunfo. Os paparazzi assustam o casal pela primeira vez. Voltam a fazê-lo quando saem de casa para o restaurante: os fotógrafos aproximam-se tanto do carro que Dodi acaba a gritar "estão loucos". A reserva é cancelada e jantam no Ritz. Mas nem aí estão a "salvo" e os olhares indiscretos do resto dos clientes leva a que, em lágrimas, Diana peça para jantar no quarto.
31 de Agosto
"Não saias. Há demasiados jornalistas lá fora". A última conversa entre Mohamed e Dodi Al-Fayed é um aviso do pai para o casal, que decide passar a noite no apartamento e não no Ritz. Para contornar os paparazzi, saem por uma porta traseira – as últimas imagens do casal são capturadas pelas câmaras de segurança.
Entram no Mercedes preto às 00h18 e ao volante vai o chefe de segurança do hotel, Henri Paul, e no lugar do pendura o guarda-costas Rees-Jones. A viagem dura cerca de cinco minutos e é sempre acompanhada de muito perto pelos fotógrafos – o carro bate contra o pilar 13 da Ponte da Alma e o condutor e Dodi têm morte imediata. Diana é transportada para o Hospital Pitié-Salpêtrière, onde o óbito é declarado às 04h00.
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