Cinco acusados na sequência da morte de Liam Payne
Gerente de hotel, rececionista e um amigo do cantor foram acusados de homicídio culposo. Um funcionário e um empregado de mesa constam também nesta lista. São acusados de fornecimento de drogas e poderão ter que enfrentar 4 a 15 anos de prisão, caso sejam considerados culpados.
Cinco pessoas foram acusadas por estarem alegadamente ligadas àmorte do cantor Liam Payne, informaram esta segunda-feira (30) as autoridades. A gerente do hotel onde ocorreu a morte do cantor, Gilda Martin, o rececionista Esteban Grassi, e Roger Nores, um amigo de Liam Payne foram acusados de homicídio culposo. Já Ezequiel Pereyra, que também trabalhava no hotel, e Braian Paiz, um empregado de mesa, foram acusados pelo fornecimento de drogas ao cantor.
No processo, os suspeitos são identificados pelas iniciais dos seus nomes. EDP, o funcionário do hotel, é suspeito de ter vendido cocaína a Liam Payne, nos dias 15 e 16 de outubro. O empregado de mesa, BNP, também é suspeito de ter vendido a mesma substância ao cantor duas vezes, a 14 de outubro.
Já o amigo, RLN, foi acusado de homicídio culposo por supostamente "não ter cumprido os seus deveres de cuidado, assistência e ajuda" após ter "abandonado à própria sorte [o cantor], sabendo que ele era incapaz de se defender sozinho e sabendo que ele sofria de múltiplos vícios". Quanto ao gerente de hotel, GAM, foi acusado por não ter alegadamente impedido Liam Payne de ser levado para o seu quarto de hotel, momentos antes da morte. De acordo com documentos do tribunal citados pela BBC, o gerente devia ter garantido que o cantor seria levado para um lugar seguro até que a ajuda médica chegasse. A rececionista, ERG, está a ser acusado pelo mesmo crime por ter pedido alegadamente a três pessoas que "arrastassem" Liam Payne, que na altura não conseguia permanecer em pé, para o seu quarto, ao invés de mantê-lo seguro.
A juíza, Laura Bruniard, defendeu, contudo, que não acreditava que o amigo de Liam Payne, o gerente do hotel e a rececionista "tivessem planeado ou desejado a morte" do cantor, mas relembrou que foram as suas ações que criaram um "risco" à estrela dos One Direction.
Agora, se forem considerados culpados, os três poderão ter que enfrentar sentenças de 1 a 5 anos de prisão, segundo a BBC. A sentença por fornecimento de drogas é mais severa e pode variar entre 4 a 15 anos de prisão, acrescenta o canal de televisão.
Os advogados dos réus podem recorrer da decisão, mas caso não tenham sucesso, será dado início ao julgamento. Enquanto isso, a juíza ordenou que os dois acusados por fornecimento de drogas fossem mantidos sob custódia. Ambos tiveram que comparecer em tribunal dentro de 24 horas úteis.
Liam Payne, de 31 anos, que fez parte da banda One Direction, morreu a 16 de outubro depois de ter caído do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires, Argentina. Em novembro a procuradoria afirmou que os testes toxicológicos revelaram traços de álcool, cocaína e um antidepressivo no corpo do cantor, mas um exame post-mortem viria posteriormente a determinar a causa da morte: "trauma múltiplo" e "hemorragia interna e externa" como resultado da queda. De acordo com a procuradoria, os relatórios médicos também sugeriram que Liam Payne pode ter caído sob o estado de semi ou total inconsciência - o que descarta a possibilidade de um ato consciente ou voluntário.
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