Isaltino e Marques Mendes, um ódio do tempo dos barões
A briga, épica e antiga, chegou agora à campanha das presidenciais. A luta foi por poder e favores. E Teixeira da Cruz diz que Isaltino mente nas queixas.
A briga, épica e antiga, chegou agora à campanha das presidenciais. A luta foi por poder e favores. E Teixeira da Cruz diz que Isaltino mente nas queixas.
Bem-vindos às histórias dos inquilinos da Judiciária e do projeto Monsanto; às denúncias anónimas e à guerra com os diretores e à traição de Amadeu Guerra; às birras à porta, no carro e o passe social; aos telefonemas irados e às mensagens indiscretas e à ordem de despejo. E ainda ao novo mundo dos copos grandes e das sociedades pequenas; aos dias em que se arrastaram mobílias e à música de Vivaldi.
A guerra fratricida dos juízes, os pormenores incríveis dos processos disciplinares, as jogadas de bastidores de magistrados, advogados e jornalistas, as escutas e queixas de corrupção, tudo isto e muito mais ficou registado em documentos e na memória de testemunhas privilegiadas. Entre 2015 e 2022, o Tribunal Central foi o mais influente e polémico do País.
António Costa não precisa nem merece um frentismo bolorento como o do manifesto dos 50 que, aliás, faz uma comparação indigente entre a queda do seu governo e o de Miguel Albuquerque. Se queriam debater o MP a sério teria sido mais inteligente não misturar alhos com bugalhos.
Lucília Gago foi escolhida pelo PS, através de um conjunto de contactos feitos, no essencial, pela então ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e pelo próprio António Costa. Muita gente rejubilou quando o nome de Lucília Gago emergiu.
As soluções de Rui Rio, criadoras de uma maioria de não magistrados nos órgãos de governo das magistraturas, estão em total rota de colisão com as ideias da União Europeia em matéria de separação de poderes. Por cá, o problema não está no Ministério Público. Está em quem quer uma justiça subserviente a um grupo de intocáveis da República.
António Costa, o Governo e o seu partido poderiam dar agora um enorme contributo na construção do Estado de direito se percebessem que, apesar de a vitimização ser uma tentadora arma política, dos maus casos não reza a História.
"Espero que o Ministério Público leia", diz Marques Mendes sobre o livro de Luís Rosa, "O Governador", lançando a dúvida sobre a venda do Banif.
O relatório confidencial e os documentos do inquérito sobre o sistema informático dos tribunais portugueses não deixam dúvidas: todas as comarcas do País foram afetadas em setembro de 2014. Precisamente quando a Operação Marquês foi distribuída manualmente ao juiz Carlos Alexandre.
Em setembro de 2014 o sistema informático da justiça entrou em rutura total. Por isso, dezenas de processos foram redistribuídos sem sorteio aos juízes, como aconteceu com a Operação Marquês.
Se André Ventura é o elefante na sala e embaraça Rui Rio, Passos Coelho, percebeu-se claramente, pode pulverizar o líder do PSD. Basta um sinal com o dedo mindinho.
Há muito que ter mulheres em lugares de decisão deixou de ser uma novidade. Elas têm cada vez mais influência na vida de milhares de pessoas. Nas suas áreas respetivas, elas fazem a diferença todos os dias - e estão a abrir as portas para que a próxima geração de líderes não se esconda.
Há muito que ter mulheres em lugares de decisão deixou de ser uma novidade. Elas têm cada vez mais influência na vida de milhares de pessoas. Na véspera do Dia Internacional da Mulher, publicamos a lista das portuguesas mais poderosas em 2021. Nas suas áreas respetivas, elas fazem a diferença todos os dias - e estão a abrir as portas para que a próxima geração de líderes não se esconda.
É negro, nascido no Senegal, ativista antirracismo, bloquista. A cor da pele, admite, foi o que mais pesou nas ameaças de morte que tem recebido.
Dois anos após o colapso do BES, um filho preferiu ir trabalhar para o Canadá, os ex-colaboradores desapareceram e até deixou de cumprimentar o tio Ricciardi na missa.
O capataz do PSD é um razoável contabilista mas não um líder com visão estratégica e suficiente apego a uma ideia de democracia pluralista, assente na liberdade de expressão, de imprensa e na separação de poderes. Rio, em certo sentido, é muito mais perigoso do que Ventura