Para elegermos as 100 mulheres mais poderosa do país, o primeiro passo foi decidir quais as áreas a abarcar. Começámos pelas tradicionais: política, educação, saúde, justiça, empresárias, cultura e desporto. Mas depois percebemos que na área económica seria importante distinguir entre empresárias e gestoras. E que dado o cada vez maior número de mulheres em funções públicas não eleitas, deveríamos criar uma categoria na Administração Pública. Para abarcar a indústria televisiva, a comunicação social e as novas influenciadoras digitais elegemos a categoria de Média e Entretenimento. Por fim, dado o cada vez maior número de mulheres em cargo de destaque internacional, cujas funções não são muitas vezes conhecidas em Portugal, entendemos que era importante criar uma secção de Organizações Internacionais. No final, reunimos uma lista com mais de 200 nomes.
A fase seguinte passou pela eleição. A redação da SÁBADO foi chamada a atribuir a cada uma destas mulheres uma nota de 1 a 5 de acordo com cinco categorias: o poder do dinheiro (a capacidade que têm de mobilizar recursos económicos); a influência (o poder de influenciar decisões nas respetivas áreas); o mediatismo (ou seja, a respetiva notoriedade na sociedade); a perenidade (se é um poder conjuntural ou duradouro); e o sucesso e desempenho (uma avaliação das respetivas conquistas).
A soma de todos os votos permitiu-nos elaborar o ranking que tem nas mãos. Como todas as listas, sabemos que ela é discutível. Não só por ser uma escolha, mas também por essa escolha ser influenciada pelo momento em que a fazemos. Será por isso natural que nos primeiros lugares das mulheres mais influentes do país encontre na política a Ministra da Saúde, Marta Temido, na Administração Pública, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e na ciência e saúde a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.