O anticomunismo dos outros
Cenas de mau-gosto como equiparar fascismo e comunismo, sistemas ditatoriais aspirando a dominação totalitária, «não se faziam em jantares de esquerda»
Cenas de mau-gosto como equiparar fascismo e comunismo, sistemas ditatoriais aspirando a dominação totalitária, «não se faziam em jantares de esquerda»
Trump despreza a Europa e trata a Ucrânia como parceiro menor. O Presidente dos EUA está mesmo disposto a ajudar Putin a voltar à mesa dos grandes, reabilitando a Rússia e forçando Kiev a concessões inaceitáveis. Não se vê como possa correr bem.
A 10 de abril, inaugura no Museu de Etnologia, em Lisboa, uma exposição da Coleção de Arte Contemporânea do Estado que quer estimular um "diálogo crítico sobre o passado colonial".
Como lembraram os líderes da UE no seminário anual organizado também esta semana em Bruxelas para o corpo diplomático da União: o mundo de hoje é marcado pela "desordem e complexidade" segundo Costa e por uma geopolítica "hiper-competitiva e hiper-transaccional," de acordo com von der Leyen.
Na primeira sessão solene evocativa do 25 de Novembro na Assembleia da República, os aplausos ao general Ramalho Eanes, presente na tribuna reservada às mais altas figuras do Estado, foram uma constante nas intervenções das bancadas à direita.
Se antigamente consumíamos notícias directamente dos jornais, rádio e televisões, hoje, fazemo-lo nestas novas plataformas, onde o modo como consumimos informação é influenciado directamente pela arquitectura dos algoritmos.
A implosão de Joe Biden como candidato credível por manifesta debilidade física e mental e o espectro do retorno de Trump reforçam o peso de partidos da direita radical e da extrema-direita que lideram governos na Itália, Hungria e Eslováquia.
Que os portugueses andem embasbacados com as aventuras europeias de um membro da tribo, eu percebo. Mas, para qualquer democrata liberal, a dança das cadeiras que se prepara em Bruxelas é um espectáculo melancólico de se ver.
Nesta legislatura que se avizinha, as respostas dos moderados podem ser insuficientes para responder à subida da temperatura média global, soberania alimentar europeia e o escalar da guerra na Ucrânia.
O ‘Europa Viva’ esteve no Funchal, na ilha da Madeira, onde os jovens fizeram as perguntas e os eurodeputados esclareceram todas as dúvidas.
O ‘Europa Viva’ esteve no Funchal, na ilha da Madeira, onde os jovens fizeram as perguntas e os eurodeputados esclareceram todas as dúvidas.
A Montenegro está reservado um papel mais modesto: procurar consensos no parlamento, mesmo que eles sejam recusados; informar os portugueses do tamanho da factura que terão de pagar pelos desvarios da aliança entre o PS e o Chega; e, claro, preparar o partido para eleições a curto prazo.
Por isso se impõe que em 2024 os níveis de vigilância e resiliência dos cidadãos aumentem exponencialmente, o mesmo devendo acontecer com a sua capacidade crítica. É totalmente proibido continuar a "comer a papa" que os mentirosos e manipuladores nos apresentam para por nós ser "digerida" acriticamente.
Ao fim de três semanas de guerra, os ataques de uns e outros visam civis indefesos, transformados em meros peões de um ódio letal entre os radicais dos dois lados, bem expresso na linguagem bélica tanto de Nethanyahu como de Qassem.
Não é uma luta ancestral por religião, cultura, identidade e território. Mas também é. Não é meramente uma partida de esgrima entre fantasmas doutrinários. Mas também é. Não é a propaganda em ação, a desinformação e a história alternativa. Mas também é.
A ordem internacional foi construída, principalmente, pelo mundo ocidental e tem epicentro entre Washington e Nova Iorque. A ordem sofre, cada vez mais, a contestação oriunda de vários quadrantes na cena internacional, por ser, alegadamente, parcial a favor dos interesses dos seus criadores.