Família da grávida que morreu no Amadora-Sintra vai processar ministra da Saúde e hospital
Duas queixas-crime por difamação e alegada negligência
Duas queixas-crime por difamação e alegada negligência
O mandato de Ana Paula Martins pode estar no fim da linha. A ministra soma várias polémicas e muitos consideram que não tem condições para continuar.
Antigos titulares da pasta da Saúde acreditam que a solução não passa pela demissão de Ana Paula Martins, embora também reconheçam que faltam condições para a sua continuidade. "Os partidos estão viciados em fazer da Saúde um território de combate", afirma Adalberto Campos Fernandes.
"Há falhas no SNS que precisam de ser corrigidas e há equipamentos que não funcionam", lamentou.
Em declarações à CMTV, a família da mulher já havia garantido que a gravidez estava a ser acompanhada naquela unidade de saúde.
Umo Cani era acompanhada no Centro de Saúde de Agualva e tinha autorização de residência desde dezembro.
Ás 11h30 existiam 40 doentes urgentes (amarelo) que aguardavam em média 19 horas e 36 minutos para a primeira observação.
O Ministério da Saúde explica que "a criança não resistiu às lesões sofridas após a mãe ter entrado em paragem cardiorrespiratória no seu domicílio".
O bebé tinha sido internado em estado grave, mas acabou por não resistir.
Em causa está a morte de uma grávida, na madrugada desta sexta-feira, durante o parto, no Hospital Amadora-Sintra.
Mulher estava grávida de 38 semanas e tinha estado no hospital a 29 de outubro numa consulta de rotina.
Esclarecimento surge após a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ter vindo a público pedir que o diretor clínico da ULS em causa desse informações sobre o nascimento do bebé.
Às 09h20 o tempo médio de espera para a primeira observação era de 15 horas e 06 minutos para os doentes urgentes (pulseira amarela) e de 16 horas e 09 minutos para os poucos urgentes (pulseira verde).
No Hospital de São José continua internada uma pessoa que também ficou ferida no acidente.
Estão encerradas a urgência de Obstetrícia do Hospital de Portimão, a Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Nossa Senhora do Rosário, a urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Infante Dom Pedro, e a urgência do Hospital Garcia de Orta.
Outros dois estão para sair, denuncia sindicato.