Bastonário dos farmacêuticos quer mais uso de genéricos, partilha de risco e pagamento por resultados
Helder Mota Filipe refere que a quota diminuiu este ano.
Helder Mota Filipe refere que a quota diminuiu este ano.
Ana Paula Martins apontou a importância da sustentabilidade e disse que o diploma da revisão anual de preços dos medicamentos sairá até 15 de novembro.
O bastonário dos Farmacêuticos volta a apelar à criação de uma reserva estratégica nacional de medicamentos, criticando o facto das farmácias não estarem inseridas nos planos de contingência para a saúde.
O setor da saúde em Portugal enfrenta desafios estruturais significativos, exigindo reformas urgentes para garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). No painel “O Futuro do Trabalho na Saúde: Dar a Volta a Uma Crise Anunciada”, especialistas das diferentes Ordens Profissionais discutiram soluções.
No painel "O Futuro do Trabalho na Saúde: Dar a Volta a Uma Crise Anunciada", elementos das várias ordens profissionais discutiram soluções para reverter esta crise, considerando de forma unânime que é “urgente reformar o Serviço Nacional de Saúde, valorizar as carreiras e melhorar condições de trabalho”.
A saúde em Portugal enfrenta mudanças sem precedentes. Como podemos garantir um sistema mais inovador, sustentável e centrado nas pessoas? No dia 11 de março, a Grande Conferência Portugal Health Summit 2025 reúne especialistas, líderes e profissionais de saúde no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa para um debate essencial sobre o futuro do setor.
Miguel Oliveira tem 2 anos, foi diagnosticado com atrofia muscular espinhal tipo 1 quando tinha apenas dois meses e fez o fármaco mais caro do mundo aos três. Hoje consegue sentar-se sem dificuldades, come sozinho, só usa o ventilador para dormir. E talvez vá para a escola já no próximo ano.
Esteve na direção do Infarmed 11 anos e presidiu ao instituto entre 2015 e 2016. O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos explica como fármacos inovadores como o Zolgensma, dado às gémeas luso-brasileiras, chegam ao mercado.
São muito eficazes, mas têm dois custos. Um é o preço, os injetáveis são caros e não estão comparticipados. Outro são os efeitos secundários. Há pessoas que abandonam a medicação porque passam dias inteiros maldispostas ou a vomitar. Há quem não consiga levantar-se da cama por causa das tonturas e até relatos de pensamentos suicidas associados à toma. Estes fármacos estão indicados para pessoas com excesso de peso e obesidade, mas há muita gente a fazê-los só por vaidade, sem que existam estudos que provem que são seguros quando não há doença.
As cadeias de distribuição de fármacos foram afetadas pela guerra e pela pandemia. À SÁBADO, a Ordem dos Farmacêuticos e a Associação de Distribuidores Farmacêuticos sugerem algumas soluções.
As ruturas não são inéditas, mas a inflação e a guerra agravaram a situação. Se os custos de produção continuarem a aumentar, pode haver fármacos a sair do mercado, alerta a indústria. Mas ainda não há razões para alarme. Saiba o que fazer.
Mais embalagens e medicamentos mais caros fizeram disparar a despesa para o Estado e para as famílias em 2022. Genéricos são alternativa viável.
Pesam só 9% da sua classe profissional, mas têm influência nas decisões sobre os medicamentos administrados nos hospitais, um mercado valioso. A sua associação está no TOP10 das que mais dinheiro recebe da indústria farmacêutica. Tal como nos médicos, a formação contínua destes profissionais é quase toda paga pelos laboratórios.
"Os farmacêuticos estarão com certeza preparados para entrar no processo", defende Helder Mota Filipe, ex-presidente do Infarmed.
O grupo de trabalho que vai avaliar a mudança da sede do Infarmed de Lisboa para o Porto tem de apresentar o relatório até fim de Junho do próximo ano.