Depois de o deputado municipal do Chega Nuno Pardal Ribeiro ter sido acusado de prostituição de menores, o Presidente do partido mantém a posição sobre a "castração química contra pedófilos".
O nacionalismo serve para fechar as fronteiras aos não portugueses, brancos, a defesa da “família tradicional” para atacar as mulheres e a comunidade LGBTQ+. Da causa e da guerra cultural, patrocinando anátemas e políticas, passam para o corpo, com a castração química como forma de combater a pedofilia, e a prisão perpétua e a pena de morte para sancionar o crime. Todas estas propostas foram ou são património do Chega, mesmo que algumas sejam convenientemente esquecidas em períodos eleitorais.
Todos os partidos se manifestaram contra a proposta do Chega, considerando-a um retrocesso civilizacional ou "uma linha vermelha" inultrapassável.
Para o líder do Chega, ciganos são “subsídio-dependentes”. Candidato do partido à Câmara de Lisboa diz que ciganos “não existem”. Ventura quer a castração química de pedófilos, Graciano defende a pena de morte e diz que castração não serve, porque pedófilos continuam a “alimentar-se de pornografia”.
Ferro Rodrigues invocou a inconstitucionalidade detetada pela comissão nos diplomas para justificar a sua "não admissão".
André Ventura afirmou que o Chega tem direito a dois agendamentos por legislatura (quatro anos) e que ainda hoje "vai solicitar à conferência de líderes que marque uma ordem do dia única e exclusivamente sobre a castração química de pedófilos e violadores em Portugal".
Proposta vai ser votada na quarta-feira na comissão de Assuntos Constitucionais, que considera o documento que pede a castração química para reincidentes em casos de violação desproporcional e "redunda numa pena cruel, degradante e desumana".
Atualmente, a violação é punível com um a seis anos de prisão, caso não haja violência ou ameaças graves nem a vítima esteja inconsciente, e com três a 10 anos de prisão se se provar aquelas condutas agravantes.
A frase foi proferida durante o debate com a candidata socialista Ana Gomes pelo líder do Chega. Partido também defende castração química ou até mesmo física de pedófilos.
O dr. Ferro não aprende nada nem esquece nada: se Ventura é um pretexto para regressar aos entusiasmos anti-fascistas da adolescência, o dr. Ferro nem hesita. Sobre a castração química, por exemplo, o melhor é nem discutir o assunto
André Ventura quer exceções e alterações aos artigos 25º e 30º. Projeto entrará na Assembleia da República dentro de duas semanas.
A última guerra entre André Ventura e o Parlamento, a propósito da castração química, mostra que, na sua relação tática com a democracia, são mesmo todos iguais.
André classificou a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias como uma "primeira câmara de censura" no Parlamento.
O deputado único do Chega tinha anunciado que recorrerá para plenário caso o presidente da Assembleia da República tomasse esta decisão.
Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias considerou que o projeto-lei do Chega "não preenche os requisitos do ponto de vista constitucional". Deputado bloquista justificou o voto contra do partido.
Partidos consideram que o projeto de lei do Chega "não preenche os requisitos do ponto de vista constitucional", mas que cabe a Ferro decidir se deve subir a plenário.
