Blogger nega tese de que recebeu 79 mil euros para apoiar e elogiar Sócrates
António Costa Peixoto garantiu que os montantes que recebeu foram referentes a apoio prestado em aspetos fiscais à atividade empresarial de Carlos Santos Silva.
António Costa Peixoto garantiu que os montantes que recebeu foram referentes a apoio prestado em aspetos fiscais à atividade empresarial de Carlos Santos Silva.
A jornalista assumiu ter passado férias com o ex-primeiro-ministro e afirmou que como era convidada assumia que seria Sócrates a pagar.
“Estava tudo à vista” quando o ex-primeiro-ministro foi eleito e reeleito e escreveu um livro a demonstrá-lo. Garante que não está obcecado com ele – o País é que não pensa o suficiente no caso Sócrates e mantém o padrão do deixar passar, até com o atual primeiro-ministro. Fez o retrato de uma “personagem fascinante” que – esqueçam Ventura – pôs mesmo em causa o Estado de direito. O PS fez-se cego e ainda há socráticos por aí. “Deixa-me embasbacado.”
Carlos Santos Silva, amigo de José Sócrates, levantou 250 mil euros em dois meses.
A decisão será tomada pela juíza-presidente da Comarca de Lisboa, Cláudia Pedro Loureiro.
O ex-primeiro-ministro deverá prestar declarações sobre Vale do Lobo. E esperam-se novos confrontos com os procuradores.
Durante a última sessão do julgamento antes das férias judiciais, Sócrates falou do TGV, casas da Venezuela, da relação com Carlos Santos Silva e de como viveu dois anos sem salário.
José Paulo era o principal herdeiro do património de uma offshore de Santos Silva, em caso de morte do amigo de Sócrates.
O antigo primeiro-ministro apresentou-se com uma atitude combativa perante a juíza, mas a magistrada respondeu sempre com assertividade.
Arranca esta quinta-feira o julgamento da Operação Marquês depois de mais de uma década desde o início da investigação e oito anos depois da acusação sair.
A Operação Marquês é uma autópsia fina e implacável do que tem sido a gestão de uma parte do poder político e económico em Portugal.
Parece que desta vez é que é: o antigo primeiro-ministro começa a ser julgado por suspeitas de corrupção, num julgamento que vai ressuscitar os acordos com a Venezuela, a antiga Portugal Telecom e a ascensão do Grupo Lena.
"Foi a gota de água que me levou a decidir por uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. É demais", disse José Sócrates, em conferência de imprensa.
A primeira sessão da Operação Marquês está marcada para dia 3 de julho no Tribunal Central de Instrução Criminal.
A juíza defendeu ainda, esta quarta-feira, que o processo seja junto ao caso principal, cujo julgamento arranca a 3 de julho deste ano.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva respondem neste processo pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documento, por atos entre 2011 e 2014.