A decisão será tomada pela juíza-presidente da Comarca de Lisboa, Cláudia Pedro Loureiro.
O juiz a quem calhou o processo separado da Operação Marquês pediu a anulação da distribuição e a entrega dos autos à juíza que já está a julgar, no caso principal, o antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Vítor Teixeira pede anulação da distribuição do processo Operação Marquês em LisboaFILIPE AMORIM/LUSA
Na reclamação dirigida à juíza-presidente da Comarca de Lisboa, Vítor Teixeira acrescenta que, caso não se entenda que a Operação Marquês deve ser julgada em conjunto por Susana Seca, o processo separado tem de ser redistribuído na espécie "especialmente complexos (sem presos)".
Segundo o despacho, noticiado na terça-feira à noite pela SIC e ao qual a Lusa teve hoje acesso, o processo secundário foi distribuído "na espécie 'outros (sem presos)', que não implica qualquer complexidade".
A decisão será tomada pela juíza-presidente da Comarca de Lisboa, Cláudia Pedro Loureiro, que assumiu funções no passado dia 05 de setembro, o mesmo dia em que foi feita a reclamação.
Em 11 de junho, o Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu mandar julgar José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva pela prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais, relacionados com alegados crimes de corrupção em julgamento no processo principal.
José Sócrates e Carlos Santos Silva, ambos de 68 anos, são dois dos 21 arguidos que estão a ser julgados desde 03 de julho no Tribunal Central Criminal de Lisboa.
A separação de processos tem na génese a decisão instrutória proferida em abril de 2021 pelo juiz Ivo Rosa e que tem conhecido várias reviravoltas na sequência de recursos.
O processo secundário foi distribuído no Tribunal Central Criminal de Lisboa, por sorteio, em 28 de julho, em período de férias judiciais e quando Vítor Teixeira estava ausente, adiantou então o Conselho Superior da Magistratura.
Segundo vários despachos publicados em Diário da República, Vítor Teixeira, de 48 anos, foi entre 15 de janeiro de 2021 e 29 de março de 2022 chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, e, entre 05 de abril de 2022 e março de 2024, do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Os dois executivos foram chefiados por António Costa, do PS, o partido a que José Sócrates pertencia quando foi primeiro-ministro (2005-2011) e do qual José Luís Carneiro é o atual secretário-geral.
Operação Marquês: Juiz a quem calhou processo secundário pede anulação da distribuição
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.