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Dez pessoas morreram esta terça-feira num ataque a uma escola para adultos na Suécia. Pouco depois das 12h33 (hora local), a polícia recebeu um alerta de que pelo menos um suspeito teria disparado a sua pistola automática na escola de adultos Risbergska em Örebro, a cerca de 200 quilómetros a oeste de Estocolmo. A força de intervenção foi enviada para o local e às 13h45 foi comunicado que cinco pessoas tinham sido baleadas. 

escola suécia
escola suécia Kicki Nilsson/ TT News Agency/ AP

A região já confirmou que seis pessoas foram levadas para o Hospital Universitário de Örebro e segundo o serviço de saúde local, quatro foram operadas, enquanto que a quinta e a sexta pessoa ficaram com ferimentos leves.

Durante a tarde, a polícia evacuou seis escolas localizadas nas imediações e um restaurante. 

Sabe-se que o suspeito é um homem de 35 anos e de acordo com a informação recebida pela agência noticiosa sueca, TT, terá cometido suicídio. Foram ainda disparados tiros contra os agentes da polícia, mas nenhum foi atingido. 

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, já se pronunciou sobre o ataque. "Foi com tristeza que recebi a informação sobre o terrível ato de violência em Örebro. As pessoas afectadas e os seus familiares estão nos meus pensamentos", escreveu num comunicado ao jornal Aftonbladet. "É um dia muito doloroso para toda a Suécia."

Ataques em escolas suecas

Durante os últimos 10 anos houve sete ataques em escolas suecas. Em outubro de 2015, na cidade de Trollhättan, situada a norte de Gotemburgo, um estudante de 17 anos, um professor de 42 anos e um assistente de 20 anos foram mortos num ataque a uma escola primária. O agressor de 21 anos, que estava armado com uma espada, foi abatido pela polícia e morreu mais tarde no hospital.

Pouco tempo depois, em janeiro de 2016, um rapaz de 15 anos foi esfaqueado numa escola em Broby, uma cidade na região do sul da Suécia. O agressor foi um rapaz de 14 anos. Em dezembro do ano seguinte, em Estocolmo, um aluno da escola secundária em Enskede de 17 anos morreu depois de ter sido esfaqueado por um colega de 16 anos. O autor do crime foi condenado por vários crimes e sofria de uma perturbação mental grave. 

Após a pandemia, em janeiro de 2021, em Varberg, na costa oeste, um homem na casa dos 30 anos entrou numa escola secundária armado com uma faca e um machado. Um estudante de 17 anos ficou com ferimentos na mão, o agressor foi condenado a tratamento psiquiátrico. Ainda em 2021, em Eslöv perto de Malmo, um rapaz de 15 anos vestido com roupa de combate e utilizando uma máscara de esqueleto e capacete, atacou um professor com uma faca. O rapaz foi condenado por tentativa de homicídio e levou dois anos e seis meses de prisão juvenil. 

Os ataques mais recentes aconteceram em 2022, em janeiro numa escola secundária em Kristianstad, um estudante ficou gravemente ferido e um professor com 50 anos ficou levemente ferido, depois de um rapaz de 16 anos os ter atacado com uma faca. O jovem foi condenado a três anos num centro de reabilitação juvenil. Em março do mesmo ano, duas mulheres morreram numa escola secundária no centro de Malmo, depois de serem atacadas por um estudante de 18 anos, armado com uma faca, um machado e um martelo. Mais tarde foi condenado à prisão perpétua. 

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