Sábado – Pense por si

O que está dentro da cabeça de Gouveia e Melo?

Maria Henrique Espada , Rita Rato Nunes 04 de dezembro de 2024 às 23:00

Ao centro, marchar, marchar: na economia, imigração e democracia. E o que não se sabe sobre onde se situa o almirante: na saúde, na educação, em como exercer o mandato. O que pensa e como pensa o protocandidato.

Gouveia e Melo, para quem o conhece, é o senhor centro. Ninguém lhe deteta simpatias marcadas à esquerda ou à direita, não aprecia nenhum dos extremos políticos, embora também ninguém lhe consiga apontar ideias muito específicas sobre áreas concretas. Há quem tenha trabalhado com ele e nunca tenha tido conversas políticas, mas também há quem tenha uma ideia razoável de como funciona a sua cabeça política. “Acho curioso que o Chega tenha sentido um certo fascínio pelo almirante. Porque o Chega é o oposto de tudo o que almirante defende. Ele é o oposto dos extremismos”, diz Miguel Belo Marques, que se cruzou com ele quer na task force da Marinha que acompanhou o pós-Pedrógão Grande, quer na equipa da vacinação, quer mais recentemente como presidente da Junta de Freguesia de Campolide, pelo PS. E o centrismo ocorre tanto no conteúdo como na forma, assegura: “Não é de esperar folclore ou presença mediática histriónica, vai saber dosear a sua presença. Sabe quando falar, na medida certa.”

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.