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Um terço das verbas do PRR está contratualizado, informou Costa

"Superámos já os cinco mil milhões de euros de verbas do PRR contratados, seja com beneficiários finais, seja com beneficiários intermédios", disse o primeiro-ministro.

António Costa
António Costa

Um terço das verbas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência português, mais de cinco mil milhões de euros, está contratualizado, disse hoje o primeiro-ministro, António Costa.

"Nós superámos já os cinco mil milhões de euros de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência contratados, seja com beneficiários finais, seja com beneficiários intermédios, como é o caso da Região Autónoma dos Açores, o que significa que cerca de um terço do PRR já esta neste momento devidamente contratualizado", disse António Costa, numa conferência de imprensa com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, em Lisboa.

O Governo da República e o Governo Regional dos Açores reuniram-se hoje em Lisboa e assinaram, no final, o contrato de financiamento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para os Açores.

Segundo o primeiro-ministro, com a assinatura deste contrato, ficam contratualizados mais de cinco mil milhões de verbas do PRR, o programa de fundos europeus destinado a responder à crise gerada pela pandemia da covid-19, o que considerou ser um "bom sinal" da "mobilização coletiva para a execução deste plano fundamental para todo o país".

No caso específico dos Açores, António Costa destacou o objetivo de "enfatizar a importância" do arquipélago num "domínio estratégico para o futuro da Europa e para o futuro do mundo", nomeadamente, "o contributo que pode dar no estudo das alterações climáticas, do "mar profundo" e "das questões do espaço".

O primeiro-ministro lembrou que o Governo decidiu sediar a Agência Portuguesa para o Espaço nos Açores e afirmou que o Executivo tem incentivado um "conjunto de projetos" nestas áreas nas ilhas, pensando também no desenvolvimento do potencial da universidade da região e nas possibilidades de "mais e melhor emprego" no arquipélago.

António Costa destacou um projeto em particular, que classificou de "âncora para todo este processo", a instalação de um porto de lançamento de microssatélites no arquipélago, "o único que existirá na Europa e que dará uma centralidade e uma relevância única aos Açores" e à sua "capacidade de atrair" outros projetos, tanto industriais como de investigação.

O PRR português tem um valor global de 16,6 mil milhões de euros, designadamente 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido e 2,7 mil milhões empréstimos em condições favoráveis.

Foram destinadas às regiões autónomas 5% das verbas do PRR.

O secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, Joaquim Bastos e Silva, disse no final de julho que 35% das verbas destinadas à região serão destinadas à economia privada.

Bastos e Silva destacou que além dos 580 milhões destinados à região no âmbito do PRR, os Açores irão receber mais 117 milhões que ficarão "consignados" em "fundos nacionais".

O secretário regional das Finanças revelou ainda que será feito um protocolo com a Universidade dos Açores para que a academia açoriana faça a "mediação dos efeitos na economia" da execução do PRR.

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