A comissão julgadora do Conselho de Jurisdição da Iniciativa Liberal concluiu o processo disciplinar do ex-candidato presidencial apoiado pela IL.
A comissão julgadora do Conselho de Jurisdição da Iniciativa Liberal (IL) concluiu o processo disciplinar de Tiago Mayan Gonçalves e decidiu expulsar do partido ex candidato à Presidência da República apoiado pelo partido, avança a Rádio Renascença.
O ex-candidato presidencial está a ser investigado pelo Ministério Público (MP) por ter assumido ter falsificado assinaturas em documentos oficiais da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, da qual era presidente.
O ex-candidato presidencial apoiado pela Iniciativa Liberal assumiu ter falsificado as assinaturas dos membros do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, numa ata datada de 16 de setembro.
Numa reunião em 7 de novembro entre o júri e o executivo da junta, quando confrontado com o documento, Mayan confirmou "que foi ele que elaborou o documento e colocou as assinaturas, atribuindo a si próprio tal responsabilidade, isentando de qualquer culpa todos os restantes membros do seu executivo e colaboradores", referia a ata dessa mesma reunião.
Em 10 de novembro, Mayan garantiu que nunca se apropriou de quaisquer fundos.
"Os acontecimentos que conduziram à minha demissão não serviram de modo algum para meu benefício pessoal. Quero deixar bem claro que nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos e que o meu objetivo sempre foi permitir que as associações beneficiárias destes fundos não ficassem prejudicadas por quaisquer falhas procedimentais, bem como assegurar a prossecução dos seus projetos em serviço da população e do interesse público", afirmou Tiago Mayan numa carta escrita enviada à Lusa.
O liberal, que nesta sequência desistiu de disputar a liderança da IL com Rui Rocha na convenção eletiva que está prevista para o início de 2025, assumiu ter sido um ato "manifestamente irrefletido e censurável" do qual se arrepende "profundamente".
No entanto, assegurou que o seu ato "não alterou em nada" o conteúdo da decisão do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo, visando apenas justificar a dispensa de um prazo de audiência prévia que, apesar de imposto por lei, em nada havia alterado as decisões em edições anteriores do fundo.
Mayan demitiu-se em 7 de novembro do cargo de presidente da junta, alegando falta de "condições pessoais para continuar a exercer" o cargo e assumindo que o motivo era da sua "inteira responsabilidade".
Tiago Mayan foi eleito, em setembro de 2021, presidente da junta com 36,92% dos votos, pelo movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto", apoiado pela IL, CDS, Nós Cidadãos e MAIS.
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