Através de uma sátira, intitulada "Vícios privados, públicas virtudes", cerca de duas dezenas de enfermeiros protestaram com cartazes e balões contra o que dizem ser a diferença de postura do executivo na hora de apoiar o setor da banca e o apoio aos profissionais de enfermagem.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu hoje respostas do Governo para a atual situação do setor e uma melhoria das condições de trabalho, numa ação de protesto realizada diante do Ministério da Saúde, em Lisboa.
"Viemos exigir que sejam contabilizados os pontos para efeitos de progressão, que sejam corrigidas injustiças decorrentes da carreira de enfermagem que este Governo impôs e que sejam encontrados mecanismos de compensação, designadamente da penosidade, desde logo através da aposentação mais cedo. Não é admissível que os enfermeiros continuem a exercer funções com qualidade aos 66 ou 67 anos", afirmou o presidente do SEP, José Carlos Martins.
Através de uma sátira, intitulada "Vícios privados, públicas virtudes", cerca de duas dezenas de enfermeiros protestaram com cartazes e balões contra o que dizem ser a diferença de postura do executivo na hora de apoiar o setor da banca e o apoio aos profissionais de enfermagem, num protesto que decorreu ao som da música "Os Vampiros", de Zeca Afonso, e sob o olhar atento de meia dúzia de agentes da polícia junto ao ministério.
O líder do SEP, José Carlos Martins, foi o narrador desta 'peça de teatro', na qual um enfermeiro com uma máscara do rosto do primeiro-ministro, António Costa, ia depositando cheques num mealheiro para parcerias público-privadas (PPP), banca e paraísos fiscais. Do outro lado, uma enfermeira com a máscara da ministra da Saúde, Marta Temido, ia largando moedas para os enfermeiros, que por várias vezes até erraram o alvo e caíram na estrada.
"Da parte dos sucessivos governos, e também deste, não faltam milhares de milhões de euros para parcerias público-privadas, para milhões em impostos que fogem através de 'offshores' e milhares de milhões que vão para a banca. E não há cêntimos ou o dinheiro necessário para a justa solução [dos problemas] dos trabalhadores, neste caso, dos enfermeiros. Por isso, viemos exaltar essa profunda contradição para um governo que se diz de esquerda", frisou.
Após a rábula, José Carlos Martins entregou uma moção com as principais reivindicações, nomeadamente: contagem justa de pontos para progressão na carreira; compensação por risco e penosidade através de condições especiais para aposentação; pagamento da última tranche (25%) do 'descongelamento' da carreira aos enfermeiros que passaram para categoria diferente; reconhecimento de uma carreira única; e, por fim, admissão de mais enfermeiros.
"Estas reivindicações permanecem porque os governos não têm adotado as medidas de solução exigidas. É inadmissível que o atual governo, num quadro em que se perspetiva a agudização da situação pandémica [de covid-19] e num quadro de valorização que utiliza na retórica, não encontre medidas de solução. Não estamos a exigir aumentos salariais, queremos a justa solução para os problemas dos enfermeiros", sentenciou.
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