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Reportagem: A "Intifada" em cante alentejano

Cátia Andrea Costa 08 de março de 2016 às 21:23

Três minutos de cante alentejano - foi este o tempo de duração do único acto de protesto na apresentação de Alentejo Prometido. À plateia, Henrique Raposo garantiu que não fica por aqui

O escritor José Rentes de Carvalho tinha acabado a sua apresentação do mais recente livro de Henrique Raposo, Alentejo Prometido, da Fundação Francisco Manuel dos Santos, quando um conjunto de vozes afinadas rompeu o silêncio: "Alentejo, Alentejo/Terra sagrada do pão/Eu hei-de ir ao Alentejo/Mesmo que seja no Verão". O cante alentejano foi a "arma" usada por um grupo de dez homens em protesto contra o polémico livro onde o autor foi à procura das suas raízes alentejanas, cruzando histórias pessoais, de família com a história da região. Um deles diz "acabem com esta palhaçada" e reccebe a mesma resposta em troca - foi Henrique Raposo quem imediatamente se levantou a pedir calma. O grupo de cantores retirou-se da sala e a sessão continuou sem mais interrupções que não as das palmas dos apoiantes do escritor. Ainda antes da sessão arrancar, de livro na mão, dois homens criticavam todos aqueles que lançam o "fogo" nas redes sociais, mas não se mostram - "Este país é uma desgraça. Falam, falam, mas ficam todos em casa".

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