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Quase 280 explorações afetadas e 1.775 animais mortos devido à língua azul

Lusa 30 de outubro de 2024 às 15:15
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Por distrito, destacam-se Évora, com 90 explorações afetadas, e Beja, com 76, seguidos por Setúbal (48) e Portalegre (20).

A doença da língua azul já afetou, pelo menos, 279 explorações de bovinos e ovinos, sobretudo em Évora e Beja, e provocou a morte de 1.775 animais, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura à Lusa.

A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença de notificação obrigatória, mas, de acordo com o Governo, as notificações só têm chegado com a informação relativa aos efetivos pecuários, sujeitos a colheita de amostras.

Os últimos dados disponíveis, reportados a segunda-feira, indicam que foram contabilizadas 41 explorações de bovinos afetadas, com 102 animais afetados e sem mortalidade.

No caso dos ovinos, somam-se 238 explorações e 11.934 animais afetados e 1.775 mortos.

Por distrito, destacam-se Évora, com 90 explorações afetadas, e Beja, com 76, seguidos por Setúbal (48) e Portalegre (20).

Depois surgem Castelo Branco (oito), Santarém (oito), Aveiro (cinco), Vila Real (cinco), Lisboa (quatro), Bragança (três), Guarda (três), Viana do Castelo (três), Leiria (dois), Porto (dois), Coimbra (um) e Faro (um).

Já Braga e Viseu são os únicos distritos onde não se conhecem explorações afetadas pela língua azul.

Estes dados dizem respeito ao número de explorações pecuárias confirmadas positivas a BTV-3, serotipo da língua azul, detetado, pela primeira vez, em 13 de setembro.

A língua azul é uma doença viral infecciosa, não transmissível a humanos.

Em Portugal estão a circular três serotipos de língua azul, nomeadamente o BTV-4, que surgiu, pela primeira vez, em 2004 e foi novamente detetado em 2013 e 2023, o BTV-1, identificado em 2007, com surtos até 2021, e o BTV-3.

"Os animais afetados não são alvo de abate sanitário, por força da legislação vigente. A língua azul é uma doença de categoria C, de acordo com a classificação definida na regulamentação comunitária, o que significa que não tem programa de erradicação obrigatório, pelo que não estão previstos abates sanitários", referiu o ministério tutelado por José Manuel Fernandes.

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