Em comunicado, a ANEPC esclareceu que os materiais distribuídos no âmbito dos programas "Aldeias Seguras" não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas-práticas.
AProteção Civilesclareceu esta sexta-feira que os materiais distribuídos no âmbito dos programas "Aldeias Seguras" e "Pessoas Seguras" não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas-práticas.
De acordo com o jornal, as golas antifumo, fabricadas em poliéster, "não têm a eficácia que deveriam ter: evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro".
Em comunicado, aAutoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil(ANEPC) lembra que os programas "decorrem da Resolução do Conselho de Ministros n.º 157-A/2017, de ?27 de outubro, e visam capacitar as populações no sentido de reforçar a segurança de pessoas e bens mediante a adoção de medidas de autoproteção e a realização de simulacros aos planos de evacuação das localidades".
Trata-se, segundo a ANEPC, da primeira grande campanha nacional orientada para a autoproteção da população relativamente ao risco de incêndio rural, bem como à sensibilização para as boas-práticas a adotar neste âmbito.
No âmbito dos programas foram produzidos e distribuídos diversos materiais de sensibilização, designadamente o Guia de Implementação dos Programas, os Folhetos de Sensibilização multilingues, a Sinalética identificativa de itinerários de evacuação e de locais de abrigo ou refúgio e os kits de emergência".
"Importa reforçar que estes materiais não assumem características de equipamento de proteção individual, e muito menos de combate a incêndios. Trata-se sim de material de informação e sensibilização sobre como devem agir as populações em caso de incêndio, aumentando a resiliência dos aglomerados populacionais perante o risco de incêndio rural", é sublinhado.
O programa está a ser implementado desde 2018 em vários municípios e soma, segundo o Jornal de Notícias, 1.507 oficiais de segurança local -- a quem compete encaminhar as populações para os locais de abrigo.
Dois oficiais de segurança do distrito de Castelo Branco disseram ao JN que "a gola aquece muito" e "cheira a cola". Estes oficiais queixaram-se também do colete refletor, também feito em poliéster.
Ao jornal, um representante da Foxtrot Aventura, empresa de Fafe, no distrito de Braga, a quem a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) comprou 15 mil 'kits' e 70 mil golas em junho de 2018 disse que considerava tratar-se "merchandising" e que a entidade não referiu que os equipamentos "seriam usados em cenários que envolvem fogo".
"Se assim fosse, as golas seriam de outro material e com tratamento para suportar esses cenários [de fogo] (...) Juro que achei que isto seria usado em ações de merchandising', garantiu Ricardo Peixoto Fernandes ao JN.
A Foxtrot recebeu 328 mil euros pelo fornecimento dos kits de emergência (compostos por coleta, gola antifumo, apito, lanterna, bússola, garrafa de água, barrita energética e uma mala de primeiros socorros), dos quais 125 mil foram para a produção das 70 mil golas.
Proteção Civil diz que golas antifumos não são para proteção individual
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