Fenprof diz que Tiago Brandão Rodrigues terá violado uma lei que obrigava a abrir o concurso para a vinculação dos docentes de ensino artístico e por isso vai recorrer aos tribunais.
Professores consideram que o ministro da Educação "não tem condições para governar", por ter violado uma lei que obrigava a abrir o concurso para a vinculação dos docentes de ensino artístico e por isso vão recorrer aos tribunais.
Lusa
A decisão foi anunciada hoje pela Fenprof que diz ter expirado, na quinta-feira, o prazo legal para o ministério realizar o concurso de vinculação extraordinário de docentes das escolas de ensino artístico especializado.
"Ao não promover esse concurso, o Ministério da Educação violou uma lei aprovada por ampla maioria na Assembleia da República - só o PS votou contra; todos os outros grupos parlamentares, bem como os deputados individuais votaram favoravelmente", sublinha a Federação Nacional dos Professores.
Para a Fenprof "quem não cumpre a lei não reúne condições de governar. Se dúvidas ainda existissem, hoje confirma-se que os responsáveis do Ministério da Educação se colocam acima de tudo e de todos, incluindo das leis da República, sendo eles o principal obstáculo à existência de um clima de normalidade e tranquilidade nesta área".
A federação vê esta inação da tutela como um desrespeito para com "os professores, as suas organizações sindicais e as normas legais da contratação coletiva", assim como para com a "Assembleia da República, o que ultrapassa todo e qualquer limite daquele que deverá ser o comportamento dos governantes num Estado de direito democrático".
A Fenprof vai recorrer aos tribunais para "contestar esta ilegalidade" e para analisar com os docentes que seriam abrangidos pela integração a possibilidade de responsabilizarem civilmente o Estado pelos danos decorrentes da omissão legislativa.
Em comunicado, a estrutura representativa dos professores anuncia que vai dirigir-se à Assembleia da República e ao Presidente da República para "denunciar a violação da lei" e pedir que sejam tomadas medidas, assim como ao primeiro-ministro.
Em causa está a lei aprovada em julho - Lei n.º 46/2021 – que prevê ainda um outro prazo, que expira no final deste mês, no sentido de ser negociado um regime específico de seleção e recrutamento de docentes do ensino artístico especializado, para o exercício de funções nas áreas das artes visuais e dos audiovisuais, no quadro da regulamentação da própria lei.
A Fenprof acusa ainda o ME de continuar sem informar as escolas sobre quando poderão abrir os concursos para contratação de docentes, "mesmo que, erradamente, na qualidade de técnicos, incluindo por via da renovação".
Professores dizem que ministro “não tem condições para governar”
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.