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Praga de moscas assola Óbidos há vários anos

20 de julho de 2018 às 18:43
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A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária vai manter visitas de controlo ao aviário responsável.

A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária vai manter visitas de controlo ao aviário responsável pela praga de moscas em Óbidos, ao qual determinou a implementação de medidas de controlo eficaz para acabar com a infestação da exploração.

"Enquanto existirem evidências de infestação no local, são mantidas as visitas de controlo", divulgou hoje a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, esclarecendo que aquele organismo tem feito "acompanhamento estreito" da Sociedade Avícola da Avarela, identificada como "agente causador" das pragas de moscas no concelho de Óbidos.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a DGV esclareceu que, em conjunto com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) e a Câmara Municipal de Óbidos, têm sido tomadas "medidas em conjunto" no sentido de solucionar os surtos de moscas.

A exploração, um aviário de perus, "tem implementado um Plano de Controlo de Moscas (PCM), utilizando produtos de combate a pragas de moscas no interior e exterior dos pavilhões", mas, segundo a DGAV, numa visita efectuada à empresa no dia 19 de Junho, "verificou-se a não aplicação de medidas correctas em função do grau de infestação".

Em consequência, as referidas entidades determinaram, entre outras medidas, "a retirada de camas dos pavilhões, sujeitas a tratamento prévio com larvicida e adulticida, com notificação à DRAPLVT com 48 horas de antecedência".

Posteriormente, no dia 3 de Julho, após nova deslocação ao local, foi determinada "a desinfestação eficaz" das camas de aves de todos os pavilhões no prazo de uma semana "e a suspensão do exercício do Plano de Gestão de Efluentes (PGEP) aprovado pela DRAPLVT, "com interdição imediata de encaminhamento de efluentes para valorização agrícola".

Foi ainda determinado o condicionamento do encaminhamento de efluentes e camas de aves, bem como da movimentação de animais vivos, "a autorização expressa caso a caso pela DRAPLVT, em articulação com a DGAV".

A empresa ficou ainda obrigada à "implementação de um sistema de controlo eficaz e credível no prazo de uma semana" e à implementação imediata de todas as ações de controlo do plano de pragas.

Além destas medidas, o aviário vai ser obrigado a encerrar cinco pavilhões ilegais e fica impedido de receber novas aves até exterminar as larvas existentes na exploração.

Estas últimas medidas foram determinadas numa reunião entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT), a DRAPLVT, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Secretaria de Estado do Ambiente e a Câmara de Óbidos, realizada no dia 17 de Julho.

As mesmas entidades determinaram ainda a obrigatoriedade de, nos pavilhões licenciados, haver um vazio sanitário entre as mudanças de bandos de aves num período de quatro semanas e que os efluentes da exploração sejam encaminhados para central própria.

A praga de moscas, que se repete desde 2007, levou a secretaria de Estado do Ambiente a solicitar a DRAPLVT a "tomada de medidas imediatas" para resolver o problema, do qual considerou o aviário de perus da Sociedade Avícola da Avarela, Lda. "causador inequívoco".

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