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Portugal condena ataque contra ex-espião russo e diz que autores devem ser responsabilizados

13 de março de 2018 às 22:36
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Em comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, o executivo português "condena veementemente a tentativa de assassinato de dois cidadãos russos no seu território com o uso de um agente neurotóxico de elevada sofisticação".

O Governo português condenou esta terça-feira "veementemente" a tentativa de assassinato de um ex-espião russo e da sua filha, no Reino Unido, que classificou como "um acto absolutamente inaceitável" e cujos autores "devem ser responsabilizados".

Num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), o executivo português "condena veementemente a tentativa de assassinato de dois cidadãos russos no seu território com o uso de um agente neurotóxico de elevada sofisticação".

O ex-espião Serguei Skripal, de 66 anos, e a filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes no dia 4 de Março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra. "Trata-se de um ato absolutamente inaceitável em qualquer circunstância e em total desrespeito pelas leis internacionais e pelo qual os seus autores devem ser responsabilizados", sustenta o Governo português.

Na nota, Lisboa expressa ainda a sua "forte solidariedade para com o Reino Unido, país amigo e aliado". Esta segunda-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou ser "muito provável que a Rússia seja responsável" pelo envenenamento do ex-espião russo e da filha, justificando que a substância utilizada, que ataca o sistema nervoso, é "de qualidade militar" desenvolvida pela Rússia.

Moscovo já negou qualquer responsabilidade e solicitou ao Governo britânico a abertura de um "inquérito conjunto" sobre o caso.

O incidente mereceu a condenação de vários líderes mundiais, incluindo o Presidente norte-americano, Donald Trump, a chanceler alemã, Angela Merkel, ou do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, bem como do secretário-geral da NATO, de responsáveis da União Europeia e da Organização para a Interdição de Armas Químicas.

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