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Polícia morre atropelado em Évora por suspeito de violência doméstica

13 de dezembro de 2020 às 11:07
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O agente do Comando Distrital de Évora da Polícia, de 45 anos, estava "fora de serviço" e interveio para travar as agressões.

Um agente da PSP em Évora morreu hoje de madrugada no hospital local depois de ter sido atropelado pela viatura de um suspeito de violência doméstica, que fugiu e, entretanto, já foi detido, revelou a Polícia.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Comando Nacional da PSP explicou que o agente, apesar de estar de folga, interveio no sábado à noite numa situação de violência doméstica, que presenciou no Rossio de São Brás, em Évora.

"Ocorreu uma agressão a uma mulher, pelo seu companheiro, na via pública", às 21:45, em que o homem "arrastou a mulher pelo chão e obrigou-a a entrar numa viatura", disse a PSP.

O agente do Comando Distrital de Évora da Polícia, de 45 anos, que estava "fora de serviço", presenciou as agressões e "interveio para fazer cessar o crime em curso".

Mas, "ao tentar impedir a fuga do agressor, o Polícia foi atropelado pela viatura" conduzida por agressor, "sendo arrastado cerca de 40 metros" pelo mesmo veículo.

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora adiantou à Lusa que o agente "sofreu ferimentos graves e foi transportado para o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE)", onde acabou por morrer.

No seu comunicado, o Comando Nacional da PSP confirma que o agente foi levado, "em estado muito grave", para o HESE e que, "devido à gravidade das lesões sofridas na intervenção policial, acabou por falecer", às "00:54" de hoje.

Quanto ao agressor, "conseguiu fugir", mas acabou pró ser intercetado por militares da GNR, "na zona de Alcabideche, em Sintra, após imediata difusão e alerta a todas as forças e serviços de segurança, feita pelo Centro de Comando e Controlo Estratégico da PSP".

Lamentando o sucedido e apresentando condolências, a PSP referiu ainda já ter contactado os familiares do agente, tendo lhes disponibilizado "todo o apoio, nomeadamente psicológico".

Contactada pela Lusa, fonte do Comando Distrital de Évora da PSP revelou que a Polícia Judiciária "já tomou conta da ocorrência", tendo o mesmo sido indicado pelo Comando Nacional da Polícia, por se tratar de um crime da competência daquela força de investigação policial.

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