A Polícia Judiciária (PJ)informoueste sábado que deteve um homem de 47 anos suspeito de ter ateado quatro incêndios florestais no concelho de Sever do Vouga. Os alegados crimes terão ocorrido entre os dias 17 de julho e 18 de setembro.
PAULO NOVAIS/LUSA
"A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, procedeu à identificação e detenção fora de flagrante delito, do presumível autor de quatro crimes de incêndio florestal ocorridos no passado dia 17 de julho (três) e 18 de setembro (um), na freguesia das Talhadas, concelho de Sever do Vouga", informaram as autoridades numa nota publicada no site.
Segundo a Judiciária, o "modus operandi" deste crime, que ocorreu nas proximidades de instalações industriais e agrícolas, consistiu no recurso à chama direta.
"O modus operandi consistiu no recurso a chama direta para dar início ao incêndio em zonas de vegetação rasteira, junto a extensa mancha florestal, existindo ainda várias habitações e instalações industriais e agrícolas nas proximidades".
Até ao momento não são conhecidas as motivações do suspeito. Sabe-se apenas que terá atuado sob dependência alcoólica.
"Não foi possível determinar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a prática dos factos em investigação, atuando o suspeito num quadro de grave dependência alcoólica."
O detido, com 47 anos, será agora "presente às autoridades judiciárias, na comarca de Aveiro, para primeiro interrogatório judicial de arguido detido", avança a polícia.
Esta detenção soma-se agora às restantes já ocorridas e que se têm multiplicado nos últimos dias. Só entre 14 de setembro e a madrugada de 17 a Guarda Nacional Republicana (GNR) informou que decorreram sete detenções à ordem de processos por crimes de incêndios florestais.
Já na quarta-feira, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) deu conta que se encontravamdetidas em prisões do País 74 pessoasno âmbito deste tipo de crimes, sendo que entre este total 58 reclusos foram condenados e outros 16 aguardam julgamento.
Um advogado ouvido pelaSÁBADOjá havia relembrado que estes atos representam "penas muito elevadas" para os criminosose que estas podem aumentar caso se registem mortes. Segundo o especialista, as penas de prisão podem ir dos 3 aos 16 anos.
Face a estes crimes, o primeiro-ministro Luís Montenegro também revelou que ia ter "mão firme". Ao mesmo tempo, prometeu consequências para estes criminosos.
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