Portugal e Espanha reúnem-se esta quinta-feira para discutir o "plano de gestão de uma forma geral".
A Associação Nacional da Pequena Pesca do Cerco (ANPPC) manifestou desagrado perante as declarações da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, sobre a proibição de captura de sardinha em áreas do Norte e Centro de Portugal. "Entendemos que tais declarações à comunicação social pela sr.ª ministra do Mar demonstram uma falta de sensibilidade política, pois conforme ficou provado hoje criaram um verdadeiro 'alarmismo social' e merecem a reprovação por parte de toda a classe piscatória", lê-se num comunicado da ANPPC.
Na quarta-feira, à agência Lusa, a ministra Ana Paula Vitorino informou que a pesca da sardinha será proibida em zonas da região Centro e Norte, por serem "áreas importantes para a reprodução da espécie", estando a decorrer reuniões com as comunidades piscatórias para, juntamente com o IPMA, delimitar essas zonas.
Estas palavras para a associação foram "lamentáveis" até porque se trata de uma "pasta sensível". "Foi transmitida a ideia que Portugal possui duas realidades distintas, sugerindo o encerramento da pesca do cerco de zonas no Norte e no Centro do País", criticou a ANPPC, referindo ainda que "algumas destas zonas do centro do país lamentavelmente foram também flageladas recentemente por incêndios e que uma vez mais serão "castigadas" com a adoção de medidas restritivas para a pesca do cerco".
A associação indicou ainda que as imposições destas limitações são uma "discriminação perante as restantes classes piscatórias". "Afirmamos que se assiste a um clima de falta diálogo e bom senso por parte do Governo, pelo que iremos lutar na defesa dos interesses nacionais da pesca do cerco, pois é sem dúvida alguma, o motivo de orgulho de todos os pescadores portugueses", lê-se ainda.
Esta quinta-feira, Portugal e Espanha reúnem-se para discutir, segundo a ministra do Mar, o "plano de gestão de uma forma geral, não necessariamente as áreas em Portugal em que não vai haver capturas [de sardinha]" e os "valores das capturas que vão ser propostos em conjunto à União Europeia".
De acordo com o Público, Humberto Jorge, da Anopcerco, e Agostinho Mata, da Propeixe, lamentam a medida da proibição da pesca, uma vez que o sector se tem mostrado disponível para levar a cabo outras iniciativas de forma a preservar o stock da espécie.
Para Humberto Jorge há uma medida muito mais eficaz: os fechos em tempo real, isto é, com interdições temporárias de captura em pesqueiros que sejam detectados com cardumes juvenis.
Já Agostinho Mata acrescenta que "não faz sentido anunciar esta ou outra medida antes de Espanha e Portugal saberem quanto pescaremos em 2018", mas alerta para a sustentabilidade do sector.
Pequena pesca do cerco considera "inaceitáveis" declarações sobre captura da sardinha
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