Os primeiros dados recolhidos "indicam que a Wave Roller está a funcionar bem e o seu desempenho está de acordo com as expectativas".
A primeira unidade do parque de energia das ondas de Peniche foi instalada com êxito no fundo do mar, anunciou a empresa finlandesa AW Energy, que dá assim início à fase comercial de produção de eletricidade limpa.
Através da página oficial da empresa na internet, o CEO (presidente executivo) da AW Energy, Christopher Ridgewell, confirma que a unidade, a primeira para produzir energia à escala comercial, foi instalada "com sucesso" ao largo da praia da Almagreira, em Peniche, no distrito de Leiria.
Desde que a plataforma flutuante foi submersa, os técnicos estão "24 horas por dia, sete dias por semana, a monitorizar o desempenho", através de controlo remoto, e a efetuar testes para ajustar o sistema e obter um melhor desempenho.
Os primeiros dados recolhidos "indicam que [a unidade] Wave Roller está a funcionar bem e o seu desempenho está de acordo com as expectativas".
"É um passo importante para a comercialização de energia das ondas, testando os recursos comerciais e técnicos de ponta", refere.
A montagem do protótipo para a fase comercial de produção de eletricidade a partir do movimento das ondas, com uma potência instalada de 350 quilowatts, foi concluída em meados de setembro em Peniche.
Na semana passada, a unidade foi rebocada para o local, submersa e instalada em alto mar a 15 a 25 metros de profundidade, próximo da costa, sendo o próximo passo a sua ligação à Rede Elétrica Nacional.
A tecnologia é composta por um painel vertical que se movimenta com as correntes marítimas, captando energia que é transmitida a um sistema hidráulico e daí a uma estação elétrica.
Depois de, na última década, ter criado diversos tipos de unidades e de os ter testado no fundo do mar da praia da Almagreira, a AW Energy chegou ao modelo que consegue resistir à força de ondas e quer agora replicá-lo, com a instalação de várias unidades, para iniciar a fase comercial de produção de energia.
A empresa estima vir a instalar uma potência de cinco megawatts (MW)capazes de fornecer eletricidade a 4.000 habitantes.
"As condições em Portugal são perfeitas para criar um novo e substancial fluxo de receitas para o país", estima a AW Energy, que encontra em Portugal "todos os ingredientes necessários", desde técnicos qualificados, uma indústria preparada e uma "onda inexplorada que está entre as melhores da Europa".
A produção de energia a partir das ondas, por ser "menos intermitente do que a energia eólica ou a solar", vem contribuir para o reforço da rede elétrica ao ter um potencial equivalente ao da energia eólica e solar juntas.
Cerca de 20% da eletricidade consumida em Portugal e Espanha é proveniente da energia eólica.
A AW Energy ambiciona criar um grande parque mundial, com uma potência instalada entre os 50 e os 100 MW, um investimento que deverá ascender a 100 milhões de euros e colocar Portugal na linha da frente no segmento da produção mundial de energia das ondas.
Peniche já tem unidade para produção comercial de energia das ondas
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.