Jerónimo de Sousa não vê uma "razão objetiva" para esta decisão, a não ser "por cansaço de alguns".
O secretário-geral do PCP defendeu hoje que as reuniões regulares com epidemiologistas sobre a pandemia de covid-19 deveriam continuar, admitiu que ninguém o informou que iam acabar, o que revela "alguma deselegância".
"Pode ser precipitado acabar com estes encontros", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, depois de uma reunião com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), na sede do partido, em Lisboa, um dia depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado o fim destes encontros regulares entre políticos e epidemiologistas, na sede do Infarmed.
Ao longo das reuniões sobre a situação do surto em Portugal, afirmou, "os cientistas deram contribuições importantes para caracterizar, encontrar caminhos que garantissem, no plano sanitário, a travagem do vírus", dado que também se discutiram questões concretas, como a situação nos transportes ou nos lares.
E não vê uma "razão objetiva" para esta decisão, a não ser "por cansaço de alguns", disse.
Dado que deixou de existir essa informação regular, Jerónimo foi questionado sobre se esta ser enviada para o parlamento, como propôs o Bloco de Esquerda, mas a resposta não foi direta.
"É mais interessante ouvir de viva voz os nossos cientistas e técnicos, que procuram dar uma contribuição com base no seu conhecimento e preocupação", acrescentou.
Na reunião com o PCP, a presidente do CNJ, Rita Saias, disse ter abordado os problemas como a precariedade laboral, "agravados" com a crise causa pela pandemia de covid-19, a educação e alertou para as dificuldades de "saúde mental" na resposta dos jovens aos efeitos do surto.
Jerónimo de Sousa sublinhou preocupações comuns e pediu que não se condenem os jovens, a partir de "um exemplo isolado", na sequência das imagens de grandes juntamentos.
"Não condenem a grande massa de jovens, que estão com as medidas, compreendem a necessidade de cuidados. Não se confunda a árvore com a floresta", pediu.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 549 mil mortos e infetou mais de 12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.644 pessoas das 45.277 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
PCP contra fim das reuniões no Infarmed considera deselegante não ter sido informado
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