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Os grupos de hackers que tentaram "apagar" Portugal

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 03 de outubro de 2018 às 08:30

Acusação mostra como quatro grupos de piratas informáticos, compostos na maioria por adolescentes que se auto-proclamavam membros dos Anonymous, fizeram a maior sequência de ataques informáticos de que há memória em Portugal. Partidos, PJ, Presidência, EDP, Sonae e Ministério Público foram alvos.

A 11 de Novembro de 2013, Carla Gouveia (então com 39 anos) iniciou mais uma conversa privada no Facebook com os seus colegas dos Sudohackers, um grupo de piratas informáticos que se consideravam "família". Acompanhada no chat por jovens de 19, 16 e 18 anos, a auxiliar de educação, com poucos conhecimentos de informática, era a líder do grupo. Chamavam-lhe "Mãe", ela dava instruções aos "filhos" e geria a comunicação. Esta conversa foi uma das mais de 20 reuniões em que se planearam, entre 2012 e 2015, algumas das dezenas de ataques informáticos contra servidores de instituições públicas e de empresas, como partidos com assento parlamentar, Polícia Judiciária (PJ), Presidência, EDP, Sonae e o Ministério Público (MP), alvos de uma investigação das autoridades que fez 23 arguidos no fim de Setembro.

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