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"O CDS não deu a mão ao PS", garante Francisco Rodrigues dos Santos

04 de março de 2020 às 12:39
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Presidente centrista reagiu de forma enérgica à polémica sobre o apoio dos centristas ao projeto do aeroporto do Montijo e recusou entrar "em joguinhos" políticos.

O presidente do CDS reagiu, esta quarta-feira, de forma enérgica à polémica sobre o apoio dos centristas ao projeto do aeroporto doMontijo, recusando a ideia de que o partido "deu a mão ao Partido Socialista".

"O CDS não deu a mão ao Partido Socialista. Isso é absolutamente falso. Quem deu a mão a uma decisão tomada pelo Governo do CDS foi o Partido Socialista", afirmou, exaltado, Francisco Rodrigues dos Santos aos jornalistas, a meio de uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), no Altice Arena, em Lisboa.

Rodrigues dos Santos explicou a mudança de opinião relativamente à moção que levou e venceu o congresso do partido, em janeiro, na cidade de Aveiro, com o facto de ainda não ter todos os elementos à data em que o texto foi escrito e recusou entrar "em joguinhos" políticos.

Apesar do apoio à opção pelo Montijo, contestada pelos partidos à esquerda do PS, por exemplo, o líder dos centristas remeteu para o PS e o Governo a responsabilidade quanto a eventuais mudanças na lei, feita no tempo de outro Governo socialista, de José Sócrates, que dá, na prática, o poder de veto aos municípios afetados pela construção do aeroporto que se opuserem ao projeto.

"Isto não desonera o PS agora de ter que dialogar com as câmaras municipais porque esta é uma lei do Governo socialista, na altura era primeiro-ministro José Sócrates. Pedro Marques [ex-ministro das Infraestruturas] durante quatro anos nada fez para abordar o tema e desbloquear esta situação. E temos o ministro Pedro Nuno Santos que tem tido uma atitude belicista face à oposição, que nada ajuda à construção de compromissos", disse.

Do lado do CDS, o partido tem "deveres éticos e morais de ser sérios" e falar "claro aos portugueses", conclui Francisco Rodrigues dos Santos, já exaltado, sem responder a mais perguntas dos jornalistas, nomeadamente quanto à abertura de processos disciplinares a três juízes do Tribunal da Relação de Lisboa.

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