O líder social-democrata insistiu na necessidade de uma investigação do Ministério Público à instituição, considerando que as auditorias "são como as sondagens, valem o que valem".
O presidente do PSD disse hoje estranhar que se fale mais do BES do que do Novo Banco na auditoria externa hoje conhecida, considerando necessário saber se "está correto" o dinheiro injetado após a resolução daquela instituição.
"Mais informação sobre o BES não é mau, mas não é aquilo que é absolutamente premente. O que é premente é nós percebermos o que aconteceu com o Novo Banco, não em [20]14 ou em [20]15, que era BES, mas a partir do momento que o Novo Banco foi vendido à Lonestar, em 2017", afirmou, em declarações aos jornalistas à margem da visita ao Centro Hospitalar de São João, no Porto.
A auditoria externa ao Novo Banco, hoje enviada pelo Governo para o parlamento, revelou perdas líquidas de 4.042 milhões de euros e, segundo o Governo, o "relatório descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves" até 2014.
O líder social-democrata insistiu na necessidade de uma investigação do Ministério Público à instituição, considerando que as auditorias "são como as sondagens, valem o que valem".
"A auditoria não conheço, estranho que se fale mais do BES do que do Novo Banco, o que está em cima da mesa para nós pagarmos é Novo Banco, o BES está pago e entregue à justiça", sublinhou.
Rio insistiu que, mais do que auditorias, o Novo Banco deve ser alvo de uma investigação.
"Aquilo que eu suspeito, e que tenho vindo a dizer, é que, nós contribuintes, e, portanto, o Estado tem pago uma fatura que vai muito para lá daquilo que era justo que acontecesse. E isso é que era preciso que uma auditoria apurasse, sendo certo que as auditorias são um bocado como, desculpem-me dizer, isto é polémico, como as sondagens, valem o que valem", disse, dando como exemplo a banca, que apesar de ter sido alvo de várias auditorias "estava praticamente falida".
Neste caso, reiterou o presidente dos sociais-democratas, é fundamental que haja uma investigação "a sério" do Ministério Público para se aferir em que condições é que essas perdas aconteceram e se o dinheiro injetado foi justo.
"A similitude que se pode ter aqui é que também está doente. O Novo Banco também está doente e os contribuintes ficam também doentes por causa disso", começou por afirmar Rui Rio.
Apesar de afirmar desconhecer o teor da auditoria, o líder social-democrata sublinhou que, quanto ao BES, todo conhecem "a desgraça" e a fatura que foi paga, mas o mesmo não é possível dizer sobre o Novo Banco.
Rio considerou necessário escrutinar as perdas de 2017, 2018 e 2019, este último ano não abrangido pela auditoria, por forma a aferir se o dinheiro que os contribuintes têm pago para o Novo Banco "está correto ou está absolutamente incorreto".
O relatório, elaborado pela empresa de auditoria Deloitte e entregue hoje ao Governo, analisou atos de gestão no Banco Espírito Santo e no Novo Banco, desde 01 de janeiro de 2000 até 31 de dezembro de 2018, e incidiu sobre "283 operações que integram o objeto da auditoria, abrangendo, portanto, quer o período de atividade do Banco Espírito Santo, quer o período de atividade do Novo Banco".
Este conjunto de operações originaram perdas de 4.042 milhões de euros para o Novo Banco entre 04 de agosto de 2014 (um dia após a resolução do BES) e 31 de dezembro de 2018.
Novo Banco: Rio estranha que se fale mais do BES na auditoria
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