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Motorista de autocarro incendiado em Loures em estado grave

Durante a última madrugado dois autocarros e sete veículos foram incendiados, em várias zonas da Área Metropolitana de Lisboa.

O motorista do autocarro da Carris Metropolitana incendiado esta quinta-feira, 24, de madrugada em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, ficou ferido e encontra-se em estado grave, disse fonte da empresa à Lusa.

De acordo com fonte da Carris Metropolitana, o autocarro vandalizado e incendiado em Santo António dos Cavaleiros (distrito de Lisboa) seguia sem passageiros quando se deu o incidente.

A mesma fonte escusou-se a avançar mais pormenores, adiantando que a transportadora está a "colaborar com as autoridades".

Contactado pela Lusa, fonte da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, que inclui o hospital com o mesmo nome, no concelho vizinho de Lisboa, disse que tinha dado entrada, durante a madrugada de hoje, "um doente queimado" que estava "estabilizado e em avaliação", não confirmando, no entanto, tratar-se do homem proveniente do incidente de Loures.

Durante a última madrugado dois autocarros e sete veículos foram incendiados, em várias zonas da Área Metropolitana de Lisboa, disse esta quinta-feira, 24, à Lusa fonte da polícia. O último autocarro incendiado foi registado na Arrentela, no concelho do Seixal, distrito de Setúbal, indicou a mesma fonte.

A PSP registou ainda focos de incêndio em caixotes do lixo em Amadora, Sintra, Oeiras, Odivelas, Barreiro, Lisboa e Almada, na sequência dos desacatos que se seguiram à morte de um homem baleado pela polícia, na Amadora, na madrugada de segunda-feira.

Odair Moniz, 43 anos, cidadão cabo-verdiano, e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a PSP, o homem pôs-se "em fuga" de automóvel depois de ver uma viatura policial e "entrou em despiste" na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, "terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca".

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação "séria e isenta" para apurar "todas as responsabilidades", considerando que está em causa "uma cultura de impunidade" nas polícias.

A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito urgente e também a PSP anunciou um inquérito interno, enquanto o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Desde a noite de segunda-feira foram registados desacatos no Zambujal e, já na terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados autocarros, automóveis e caixotes do lixo, e detidas três pessoas.

Dois polícias receberam tratamento hospitalar devido ao arremesso de pedras e dois passageiros dos autocarros incendiados sofreram esfaqueamentos sem gravidade.

Lusa
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