Sábado – Pense por si

Montenegro, no toca e foge pelo voto útil

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 06 de março de 2024 às 23:00

Pontual e arrumado (mas sem paciência para beijinhos e abraços), o líder da AD faz uma campanha para segurar o voto útil moderado. Sem largar a mulher, cumpre os mínimos em arruadas, onde é rejeitado às vezes, e brilha entre militantes nos megacomícios a contar histórias sobre “mães”.

Agitando a mão direita, ora aberta ora em V de vitória, Luís Montenegro caminhava pela Avenida Heróis de Angola, em Leiria, no últimos dia de fevereiro, rodeado por uma multidão laranja e azul. Pé ante pé, ia parando esporadicamente durante segundos para cumprimentar e “dar uma mensagem de esperança”. Essa mesma frase, a mesma cassete, ia sendo repetida por Montenegro em curtas interações dentro de lojas, da Benetton à Mango, passando pela Minisom e pela Feira dos Tecidos, contactos de segundos com que esperava fazer a diferença nas urnas. Às vezes era recebido com sorrisos, outras com indiferença. “Venho só deixar uma mensagem de esperança”, disse mais uma vez na Vodafone da avenida leiriense, com um pé dentro e outro fora, enquanto segurava a porta. Uma senhora na fila torceu a cara. “É mais do mesmo. Só quero tratar da minha box”, comentava com a SÁBADO.

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